No primeiro trimestre de 2024, a economia moçambicana desacelerou o ritmo de crescimento para 3,2% (após 6,6% em igual período de 2023). O abrandamento da atividade produtiva esteve associado a prevalência de condições monetárias restritivas à escala global que repercutiu para contenção da procura externa aliada aos impactos adversos dos choques climáticos (tempestade FILIPO e o fenómeno El Niño).
Não obstante, a conjuntura descrita, o sector primário, com peso de 43% no PIB, registou o maior nível de crescimento (4,8% y/y) com destaque para o ramo de pescas (11,4%), indústrias extrativas (10,4%) e agricultura (2,9%). Seguiu-se o crescimento do sector terciário (2,4%) e a contração do secundário (-1,5%).
De acordo com o FMI, no conjunto do ano, o País poderá abrandar o crescimento económico para 4,3% (5,4% em 2023), assumindo a materialização dos riscos decorrentes das persistentes condições financeiras restritivas, impacto dos conflitos geopolíticos regionais (Rússia-Ucrânia e Médio Oriente), insegurança em Cabo Delgado e eventos climáticos extremos.