As exportações de carvão, por exemplo, estão a ser feitas por camiões através de Maputo. Em causa está a não utilização do Terminal de Carvão de Richards Bay, propriedade do sector privado sul-africano, em KwaZulu-Natal, devido à falta de locomotivas.
Segundo Vuslat Bayoglu, director-geral da Menar, uma empresa de investimento privado com uma carteira de activos mineiros, que inclui carvão, antracite, manganês, ouro e níquel, África do Sul não tem outra opção a não ser a Transnet e o país tem de fazer funcionar a empresa estatal de logística, caso contrário toda a economia ficará paralisada.
“A Transnet não se saiu bem em termos de carvão. No entanto, identificaram os problemas e estão a tomar iniciativas para os resolver, sendo o maior deles a disponibilidade das locomotivas”, observou Bayoglu, citado pelo portal Mining Weekly.
“Discutimos regularmente com a equipa da Transnet sobre o que é necessário fazer para aumentar a disponibilidade das locomotivas e para garantir que o sistema funciona de forma eficiente”, afirmou.
Bayoglu mostrou-se, no entanto, confiante de que os desafios da Transnet não são insuperáveis e aguarda com expectativa a forma como a Cimeira dos Brics, organizada pela África do Sul, ajudará a Transnet a assegurar a entrega, por parte de uma empresa chinesa de fabrico de carris, das restantes locomotivas e o fornecimento de peças e serviços.