O Porto de Maputo iniciou a primeira fase de um ambicioso projecto de expansão avaliado em 2 mil milhões de dólares (equivalente a 128 mil milhões de meticais), com o objectivo de transformar a infra-estrutura num dos principais centros logísticos da África Austral e duplicar a capacidade do terminal de contentores.
De acordo com Osório Lucas, director executivo da Sociedade de Desenvolvimento do Porto de Maputo (MPDC), a fase inaugural das obras representa um investimento de 164 milhões de dólares (10,5 mil milhões de meticais) e visa aumentar a capacidade do terminal de 255.000 TEUS (contentores de 20 pés) para 530.000 TEUS por ano, num período estimado de dois anos.
As obras em curso incluem a ampliação do cais em 400 metros, atingindo um comprimento total de 650 metros, bem como o aprofundamento do calado para 16 metros, permitindo a atracação de navios de grande porte. Estas melhorias têm como finalidade reforçar a eficiência operacional do porto e aumentar a sua competitividade na região.
O Porto de Maputo tem registado um crescimento constante no manuseamento de carga, impulsionado pelas dificuldades logísticas na vizinha África do Sul, que têm levado muitos exportadores a procurarem alternativas viáveis. A expansão em curso posiciona Moçambique como a opção preferencial para o transporte de mercadorias na região.
A MPDC é um consórcio constituído pela multinacional DP World, pela sul-africana Grindrod e pela empresa pública Caminhos-de-Ferro de Moçambique (CFM). Apesar de uma ligeira queda nas exportações no final de 2024, associada à instabilidade política pós-eleitoral, a direcção da empresa espera retomar as operações no próximo mês.
Este projecto de expansão é visto como estratégico para a economia moçambicana, prevendo-se impactos significativos ao nível da logística regional, criação de emprego e atracção de novos investimentos.
Fonte: Engineering News