Domingo, Dezembro 22, 2024
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PR apela à moderação nas expectativas sobre megaprojectos de gás e petróleo

O Presidente da República, Filipe Nyusi, destacou recentemente a necessidade de uma gestão cautelosa e sem expectativas exageradas em relação aos megaprojectos em desenvolvimento no país, particularmente no sector de gás natural em Cabo Delgado. Durante a gala comemorativa dos 20 anos do Instituto Nacional de Petróleo (INP), realizada em Maputo, o chefe de Estado reforçou a importância de evitar expectativas irrealistas quanto aos benefícios imediatos desses projectos.

Segundo a Agência de Informação de Moçambique (AIM), Nyusi alertou que os resultados destes projectos, incluindo os provenientes do Fundo Soberano de Moçambique (FSM), exigem tempo e uma abordagem estratégica. “Não podemos permitir que as emoções e as expectativas exageradas influenciem a nossa percepção do potencial do Fundo Soberano e dos recursos que ele poderá gerir”, afirmou o Presidente.

O chefe de Estado mencionou ainda que os primeiros rendimentos obtidos com os carregamentos de gás natural liquefeito (GNL) da plataforma flutuante na bacia do Rovuma são limitados e, por isso, insuficientes para grandes investimentos imediatos. “A receita obtida até agora não é suficiente para financiar, por exemplo, a construção de uma estrada de Maputo a Xai-Xai”, observou, referindo-se à distância de aproximadamente 210 quilómetros.

Além disso, Filipe Nyusi apelou ao INP e outras instituições para que reforcem suas capacidades institucionais, assegurando que Moçambique não seja apenas um consumidor, mas um actor relevante na indústria petrolífera. O Presidente recomendou que o país se posicione como um destino atraente para investimentos no sector, mantendo regras claras e competitivas para atrair concessionárias.

Nyusi enfatizou que o fortalecimento da segurança e da estabilidade institucional será crucial para transformar as reservas de gás natural em Cabo Delgado num motor de desenvolvimento sustentável e inclusivo, beneficiando tanto as gerações actuais como futuras.

Durante a cerimónia, a AIM relatou que foram reconhecidos os funcionários do INP que se destacaram em um concurso interno da instituição, demonstrando o compromisso contínuo do país com o crescimento e a eficiência da sua indústria petrolífera.

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