Quinta-feira, Abril 18, 2024
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Produção de arroz pode atingir 239 mil toneladas

Moçambique pode atingir a auto-suficiência alimentar no arroz, caso mantenha os níveis de crescimento da produção que vem registando nos últimos anos. Para a presente campanha 2021-2022, a produção do cereal deverá atingir cerca de 239 mil toneladas, o correspondente a um crescimento na ordem de 15 por cento, comparativamente à campanha anterior.

Estes dados foram revelados pelo Ministro da Agricultura e Desenvolvimento Rural, Celso Correia quando falava esta segunda-feira, em Gaza, na cerimónia oficial que marcou o início formal da ceifa deste cereal na presente época.

Na ocasião, Correia lembrou que o resultado de 207.821 toneladas de arroz na última campanha agrária, representou, na altura, um crescimento na ordem de 19 por cento comparativamente à época anterior (2020) que foi de 175.322 toneladas.

“Estamos a marcar o início da ceifa de arroz 2021-2022 e a nossa projecção é que possamos atingir uma produção de cerca de 239 mil toneladas, o que significa um crescimento em 15 por cento. No ano passado, atingimos 19 por cento”, disse. Correia acrescentou que o sector quis marcar a abertura da época, assinalando o uso da tecnologia que permite eficiência na colheita e menos perda, para além de cobrir maior campo possível e reduzir o esforço humano na colheita do arroz.

De acordo com o dirigente, o crescimento do ano passado e a projecção deste, sendo concretizada, estão em linha com a procura de auto-suficiência no arroz. “Se o país continuar com os níveis de crescimento de 15 por cento por ano, até 2030, Moçambique será auto-suficiente na produção de arroz”, sublinhou.

O governante reconheceu que, neste momento, a ambição do país é grande porque é o único na região que tem condições para produzir não só para o consumo doméstico, como também para exportação.

Para Correia, este é o caminho que está a ser percorrido e com persistência e cuidado para se optimizar os recursos que não são infinitos.

Observou, entretanto, que não obstante estes resultados positivos, na campanha 2020-2021, devido ao aumento do consumo, a importação de cereais custou cerca 600 milhões de dólares ao país e o arroz contribuiu com 50 por cento, o equivalente a 300 milhões.

Actualmente, Moçambique consome cerca de 500 mil toneladas de arroz por ano, dos quais 60 por cento advém das importações.  

Correia assegurou que o Executivo continuará a fazer o necessário para que as medidas de adaptação aos eventos externos possam ser tomadas pela classe produtiva de modo que os efeitos devastadores da crise provocada pelas mudanças climáticas, incluindo a insegurança alimentar, possam ser cada vez menores, dada a vulnerabilidade geográfica do país.

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