Em comunicado a HCB refere que trata-se de uma produção hidroenergética alcançada sem ocorrência de acidentes de trabalho e que ultrapassa as expectativas mais optimistas mercê da disponibilidade hídrica e dos equipamentos de produção, conversão e transporte de energia, e do desempenho dos recursos humanos.
“A produção do 1º semestre de 2022, traduz-se em receitas bastante significativas e relevantes para o financiamento dos projectos de reabilitação que estão a decorrer em toda a cadeia de produção. Por outro lado, permitem que Cabora Bassa continue a ser um activo estratégico e valioso na matriz energética nacional e regional, e no desenvolvimento sócio-económico de Moçambique através das contribuições que presta para a economia. Temos o dever de gerir e operar a empresa de forma criteriosa, responsável e transparente para que alcance os seus objectivos” referiu Boavida Muhambe, presidente do conselho de administração, citado no comunicado.
No tocante a modernização do parque electroprodutor, o empreendimento segue com os projectos de reabilitação programados ao nível dos cinco grupos geradores com capacidade instalada de 2075 MW, cujas intervenções poderão levar ao incremento da potência nominal de cada grupo.
No domínio dos equipamentos de conversão e transporte, passos subsequentes estão a ser concretizados para que se entre na fase 3 do projecto de reabilitação da Subestação Conversora de Songo, brownfield-3, que não só irá incrementar a vida útil dos equipamentos, como também melhorar os seus indicadores de performance para níveis de padrões internacionais.
Em relação aos recursos hídricos da Albufeira, refere o documento que a 30 de Junho de 2022, a cota situava-se em 324,63 metros acima do nível médio das águas do mar, que corresponde a 93% da sua capacidade útil de armazenamento, permitindo assim, o normal funcionamento do empreendimento e a implementação dos planos de exploração da Central de produção.
A HCB diz ainda que o alcance destes níveis de armazenamento resulta das medidas criteriosas adoptadas durante a última época chuvosa, em que, diante da ocorrência da tempestade tropical Ana, em Janeiro, e da depressão tropical Dumako, em Fevereiro, não foram efectuadas descargas adicionais, contribuindo para a minimização dos impactos das cheias e inundações no Baixo Zambeze.
No que concerne as acções da HCB na Bolsa de Valores de Moçambique, durante o 1º semestre do ano tiveram um desempenho abaixo do preço da Oferta Pública de Venda realizada no ano de 2019, exceptuando a primeira quinzena do mês de Janeiro, em que se manteve firme na casa dos três meticais por acção.
Contudo, as acções continuam apetecíveis no mercado secundário gerando transacções consideráveis, sendo que a 11 de Julho corrente, a empresa procede ao pagamento de dividendos no valor de 3,7 mil milhões de meticais, o que corresponde a 36,4% dos lucros da Empresa. “Este montante de dividendo representa um incremento de 26% se comparados aos valores pagos em 2021”, pode ler-se no comunicado.