Quinta-feira, Março 28, 2024
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Projecto Mphanda Nkuwa aberto a investimentos privados

A fim de obter rapidamente o financiamento necessário para a implementação do projecto hidroeléctrico de Mphanda Nkuwa, o governo moçambicano planeia vender a maioria das suas acções a potenciais investidores. O convite à manifestação de interesse deve ser lançado antes do final de 2021. De acordo com Carlos Yum, o director responsável pelo projecto, o processo de licitação deverá levar mais de seis meses.

O(s) investidor(es) de sucesso implementarão o projecto em parceria com as empresas estatais Electricidade de Moçambique (EDM) e Hidroelectrica de Cahora Bassa, que já opera uma central hidroeléctrica de 2,075 MW no rio Zambeze. A central hidroeléctrica de Mphanda Nkuwa ficará situada 61 km a sudeste da barragem de Cahora Bassa. Com uma central capaz de gerar 1.500 MW, a barragem terá um reservatório de mais de 100 km2 que deslocará 1.400 famílias e afectará a subsistência de 200.000 pessoas de acordo com as Nações Unidas (ONU).

Um impacto esperado que deverá certamente afectar a mobilização do financiamento necessário para a implementação do projecto por parte das instituições financeiras internacionais, cada vez mais preocupadas com os aspectos ambientais e sociais dos projectos de desenvolvimento. Estima-se que a construção da barragem e da central hidroeléctrica de Mphanda Nkuwa exija um investimento de 2,4 mil milhões de dólares.

Além disso, a construção de uma linha de transmissão elevará o custo global do projecto para 4,4 mil milhões de dólares, equivalente ao orçamento de investimento de Moçambique para 2020 de 5 mil milhões de dólares.

O início da construção das instalações está planeado para 2024 e entrega em 2030.

A electricidade de Mphanda Nkuwa irá impulsionar a rede eléctrica nacional de Moçambique. Parte da produção será vendida aos países vizinhos, nomeadamente África do Sul e Lesoto.

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