Tuesday, November 25, 2025
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Receitas de exportação de Moçambique para Zimbabué renderam 890 M$ em sete anos

A Confederação das Associações Económicas (CTA) de Moçambique considera que o comércio e o investimento entre Moçambique e Zimbabué permanecem aquém do potencial, apesar da proximidade geográfica e dos laços históricos.

Segundo a agremiação, entre 2018 e meados de 2024, Moçambique exportou para o Zimbabué cerca de 890 milhões de dólares (56,2 mil milhões de meticais), mas importou apenas 161 milhões (10,1 mil milhões de meticais), menos de 3% do total das suas transacções externas, enquanto os investimentos zimbabueanos no país se limitaram a 46 projectos avaliados em 151 milhões de dólares na última década.

Em 2022, as exportações moçambicanas atingiram 200 milhões de dólares, apesar de o fluxo global continuar considerado insuficiente pela CTA.

A avaliação foi feita este sábado (22), em Maputo, pelo presidente da CTA, Álvaro Massingue, durante o Fórum de Negócios Moçambique– Zimbabué, tendo assegurando que o sector privado moçambicano está preparado para actuar no sentido de elevar a cooperação económica para o nível desejado.

“Vivemos um momento decisivo. As relações bilaterais entre Moçambique e Zimbabué têm potencial para crescer muito mais. Apesar da proximidade geográfica e laços históricos profundos, o comércio e os investimentos entre os nossos países ainda não reflectem plenamente esse potencial”, afirmou Álvaro Massingue.

Citado pela AIM, o presidente da CTA considerou o fórum uma plataforma estratégica para transformar potencial em resultados concretos e defendeu maior dinamização dos organismos de promoção de investimentos e exportações, com enfoque especial na facilitação de negócios transfronteiriços.

Para o dirigente, os dados mostram que, o comércio e os investimentos entre os dois países ainda não reflectem plenamente o seu potencial, apesar dos 1 200 quilómetros de fronteira partilhada e de relações históricas consolidadas.

A fonte identificou oportunidades de investimento em agro-processamento, indústria transformadora, energia, turismo e logística, sobretudo através de joint ventures e cadeias de valor integradas. “Ao tornar estes corredores mais eficientes, reduzir custos logísticos, simplificar processos aduaneiros e digitalizar os portos, estamos a construir não apenas para Moçambique, mas para toda a SADC”, afirmou.

O Presidente da CTA destacou ainda os resultados da iniciativa da ZimTrade na Beira, que impulsionou um crescimento de 23% no comércio bilateral, com particular dinamismo nos sectores da construção e da agricultura.

Partilhando a mesma ideia, o Secretário de Estado do Comércio, António Grispos, reforçou a importância da cooperação bilateral, recordando que Moçambique dispõe de 35 milhões de hectares de terras aráveis, abundantes recursos naturais e infra-estruturas logísticas que favorecem o acesso ao mar para países sem litoral.

Grispos destacou também que os investidores zimbabueanos podem beneficiar de isenções aduaneiras e fiscais, bem como de protecção legal, incluindo propriedade intelectual. “Esperamos que este evento sirva como plataforma para estimular novas trocas comerciais, incrementar investimentos e consolidar a cooperação económica entre Moçambique e Zimbabué”, afirmou.

O encontro reuniu empresários, investidores e representantes governamentais, tendo permitido identificar novas oportunidades de parceria e promover o desenvolvimento económico conjunto.

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