Sábado, Abril 26, 2025
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Relatório do banco de Moçambique mostra progresso em inclusão financeira no país

De acordo com o mais recente relatório trimestral do Banco de Moçambique sobre indicadores de inclusão financeira, consultado pelo Diário Económico na Terça-feira, 19 de Novembro, 72,3% dos distritos de Moçambique estavam cobertos por agências bancárias no terceiro trimestre de 2024. Esse número representa uma melhoria considerável em relação a 2005, quando apenas 21,1% dos distritos tinham acesso a esses serviços financeiros.

O relatório indica que o número de distritos com pelo menos uma agência bancária alcançou 112 no período em questão. Em termos de cobertura geográfica, o estudo revelou também um crescimento significativo no número de contas em instituições de moeda electrónica (EMIs), que subiram para 112.678 contas por 10.000 quilómetros quadrados. Este aumento destaca a importância das soluções digitais na ampliação da inclusão financeira no país.

Além disso, os terminais de pagamento automático (POS) registaram um aumento, com uma densidade de 459,1 terminais por 10.000 km². Contudo, o relatório apontou uma redução no número de caixas electrónicos (ATMs), que caiu de 25,6 para 22 por 10.000 km². No caso das agências bancárias, a densidade nas áreas rurais foi de 2,8 por 10.000 km², evidenciando o progresso em áreas que tradicionalmente eram menos cobertas por serviços financeiros.

Em termos de acesso demográfico, 32,5% dos adultos em Moçambique possuem contas bancárias, enquanto 56,3% têm contas em instituições de moeda electrónica. No entanto, o uso de cartões bancários apresentou uma ligeira queda, com 18,3 cartões por 100 adultos.

O relatório enfatiza que os avanços no acesso a serviços financeiros são frutos de esforços conjuntos entre o sector bancário e o governo, que têm trabalhado para expandir os serviços a populações de áreas remotas e carentes. O Banco de Moçambique destacou ainda que a inclusão financeira continua sendo um pilar fundamental para o desenvolvimento económico do país, sublinhando a necessidade de investimentos contínuos em infra-estrutura financeira e em educação financeira para sustentar o progresso obtido até agora.

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