Sexta-feira, Junho 13, 2025
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Selagem de bebidas importadas fora do país lesa ao Estado cerca de 17,2 milhões de dólares

A obrigatoriedade de selagem de bebidas alcoólicas fora de Moçambique, para o caso de bebidas importadas, está a ter impacto negativo no desempenho da empresa Cervejas de Moçambique (CDM), bem como perdas fiscais para o Estado.

Esta medida, segundo o Presidente do Conselho de Administração (PCA) da CDM, Tomáz Salomão, “provocou uma redução de 87% na disponibilidade de marcas importadas, além de perdas fiscais acumuladas, que se estimam em mais de 1.100 milhões de meticais (17,2 milhões de USD) para o Estado”.

A CDM defende que o processo de selagem de cerveja importada seja realizado em território nacional, para que possa beneficiar tanto a empresa e seus accionistas, bem como as finanças públicas.

Salomão falava semana finda na Assembleia Geral Ordinária anual da CDM, reunindo accionistas maioritários e minoritários, bem como membros do Conselho de Administração, numa sessão marcada pela apresentação e discussão sobre o desempenho da empresa no exercício de 2024.

Por sua vez, Galo Rivera, director-geral da CDM, citado num comunicado de imprensa da empresa recebido pela AIM, mencionou outro constrangimento enfrentado pela empresa em 2024. Trata-se das manifestações registadas no último trimestre de 2024.

“A instabilidade verificada neste período de pico das vendas, causou uma contracção da receita em 2,5%. Não obstante esta contracção, o lucro operacional cresceu 13% (+326 milhões de meticais que em 2023) impulsionado pelo crescimento das exportações para a África do Sul e pela optimização das operações”, afirmou.

Rivera destacou, ainda, um crescimento de 1.100 milhões do lucro líquido do exercício, “positivamente impactado pela redução de custos financeiros”.

Como resultado deste desempenho, a Assembleia Geral aprovou a distribuição, pelos accionistas, de um dividendo bruto de 1.295,9 milhões de meticais, o que corresponde a 8,15 meticais por cada uma das acções da sociedade.

A CDM possui cerca 3.000 accionistas e continua a posicionar-se como um parceiro estratégico no desenvolvimento económico nacional, reafirmando o seu compromisso com as melhores práticas de gestão, transparência e respeito pela legalidade, colaborando estreitamente com as autoridades moçambicanas.

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