“A capacidade de Moçambique cumprir as suas obrigações comerciais depende significativamente do recomeço e finalização de um projeto fundamental de gás natural liquefeito liderado pela TotalEnergies”, lê-se na nota que acompanha a decisão, anunciada ontem (21.10), de manter o ‘rating’ em CCC+, com Perspetiva de Evolução Estável.
No relatório, a S&P diz que “o projeto tem sido adiado devido aos persistentes riscos de segurança na região de Cabo Delgado, mas, sem uma significativa deterioração da situação de segurança, o projeto poderá recomeçar na segunda metade de 2023”.
A perspetiva de evolução estável para o ‘rating’ – que continua assim num dos lugares mais baixos da escala de ‘rating’, indicando que há vulnerabilidade e risco para os investidores -, tem em conta a atual capacidade financeira do país e as incertezas relativamente às receitas futuras.
“O ‘outlook’ estável equilibra a nossa visão sobre a capacidade financeira de Moçambique para cumprir as suas obrigações financeiras nos próximos 12 meses, com as incertezas sobre quando é a que a produção de gás natural liquefeito vai começar e as receitas associadas ficam disponíveis para o Governo”, lê-se na explicação detalhada sobre a ação de ‘rating’.