Quinta-feira, Abril 25, 2024
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Standard Bank diz-se capacitado para resistir ao impacto das sanções

O Standard Bank Moçambique disse que “está bem capitalizado e tem capacidade suficiente para gerir os riscos que possam surgir no mercado”, depois que foi suspenso no mês passado do sector cambial pelo que o banco central descreveu como “infracções graves”.

Numa declaração aos clientes e parceiros comerciais, o banco disse que ao longo dos anos construiu uma estabilidade que ofereceu resistência aos efeitos da decisão do supervisor do sector, com “um sólido e robusto historial de 127 anos no mercado, o que faz dele a instituição financeira mais antiga do país”.

Observou que faz parte do maior grupo bancário africano, com sede na África do Sul, que tem mais de 150 anos.

O Standard Bank Moçambique disse que estava a finalizar o processo de nomeação de um novo director-geral e director dos principais bancos de empresas, na sequência da decisão do banco central de desqualificar os anteriores detentores desses cargos de servirem em instituições financeiras no país, na sequência de infracções estabelecidas pelo banco central.

Os novos directores, disse, seriam anunciados assim que a aprovação regulamentar fosse recebida.

Na segunda-feira, o Banco de Moçambique anunciou a nomeação de Zaitina Raul como inspector residente no Standard Bank, na sequência da decisão de suspender a instituição por um ano do mercado interbancário de divisas.

“O inspector residente é responsável, entre outras tarefas, pela monitorização da implementação do plano de acção dos accionistas, pela monitorização e análise da evolução da governação do banco e do sistema de controlo interno, e pela participação em reuniões relevantes dos órgãos colegiais”, disse o banco central num comunicado que descreve Raul como “membro sénior do pessoal” do Banco de Moçambique.

A suspensão do Standard Bank do mercado cambial foi anunciada a 23 de Junho; no dia seguinte, o banco central anunciou a abertura de três “processos de infracção” contra o Standard Bank e dois dos seus empregados, nomeadamente Adimohanma Chukwuama e Carlos Madeira, que estão proibidos por seis anos de trabalhar em instituições de crédito e enfrentam multas de 6 milhões de meticais e 14 milhões de meticais, respectivamente.

O próprio banco deverá também pagar uma multa de 290 milhões de meticais após terem sido detectadas “infracções graves” durante as inspecções, incluindo a manipulação fraudulenta da taxa de câmbio, de acordo com a declaração.

Numa declaração emitida na segunda-feira, o Banco de Moçambique salientou que os accionistas do banco estavam a cooperar com o regulador e que “todas as operações no sistema bancário são realizadas normalmente”.

Dados do banco central publicados em Abril mostraram o Standard Bank como o terceiro banco mais importante do país, numa lista encabeçada pelo Banco Comercial e de Investimentos (BCI) e Banco Internacional de Moçambique (Millennium Bim).

De acordo com a Confederação das Associações Económicas de Moçambique (CTA), a maior associação patronal do país, 45% das importações mensais de Moçambique foram pagas através do Standard Bank, o que significa que a situação actual está a criar incerteza no sector empresarial.

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