Quarta-feira, Julho 9, 2025
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Syrah Resources recebe empréstimo de quase 150 milhões de dólares dos EUA para expansão da mina de grafite em Moçambique

A mineradora australiana Syrah Resources anunciou a obtenção de um financiamento de cerca de 9,6 mil milhões de meticais (149,6 milhões de dólares) junto à International Development Finance Corporation (DFC) dos Estados Unidos, visando expandir suas operações na mina de grafite de Balama, localizada no Norte de Moçambique.

Este é o primeiro empréstimo da DFC destinado a uma operação de mineração de grafite, conforme comunicado da empresa. O financiamento é vital para a cadeia de abastecimento de minerais estratégicos dos EUA, que são grandes consumidores de grafite, especialmente para baterias de veículos eléctricos. Com o apoio financeiro, a Syrah pretende aumentar a produção de grafite, essencial para sua fábrica de material para baterias em Vidalia, nos EUA, que já recebeu remessas experimentais de grafite moçambicana.

O primeiro desembolso, de aproximadamente 4,7 mil milhões de meticais, está programado para Novembro de 2024, permitindo à empresa lidar com a volatilidade do mercado que tem impactado a operação e venda de grafite.

As autoridades moçambicanas já aprovaram o empréstimo, permitindo que a expansão avance conforme planeado. A parceria com o governo dos EUA visa diversificar a cadeia de fornecimento de materiais críticos, actualmente dominada pela China. No primeiro semestre de 2024, a mina de Balama realizou sua primeira exportação em larga escala para um fabricante indonésio de baterias, consolidando a posição de Moçambique como um fornecedor global importante.

Entretanto, a produção de grafite em Moçambique enfrentou desafios, com uma redução de 40% no primeiro semestre de 2024, devido a interrupções em operações de minas, como a da Twigg Mining and Exploration, subsidiária da Syrah. A queda foi atribuída à baixa procura global e à volatilidade dos preços.

Para o segundo semestre de 2024, espera-se que o financiamento ajude a estabilizar e aumentar a produção de grafite, com o governo moçambicano prevendo uma produção superior a 329 mil toneladas, reforçando seu papel no mercado global de minerais essenciais para a transição energética.

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