O Ministério dos Recursos Minerais e Energia (MIREME), através do Museu Nacional de Geologia, em coordenação com a Unidade de Gestão do Processo Kimberley, Instituto Nacional de Minas, e o Serviço provincial de Infra-estruturas de Nampula, realizam a VII Edição da Feira Anual de Gemas de Nampula (FAGENA).
Neste contexto, o governo moçambicano anunciou, na cidade de Nampula, a criação de uma plataforma estratégica que reunirá diversos intervenientes do sector mineiro, com o objectivo de encontrar soluções para o combate ao contrabando de minérios e à mineração ilegal no país.
Segundo autoridades, o Estado tem perdido elevadas somas anuais devido ao contrabando, tornando urgente a implementação de medidas coordenadas entre empresas, sector privado e entidades governamentais. “Estamos a criar um espaço de diálogo e cooperação para encontrarmos uma saída colectiva, porque o contrabando não prejudica apenas o Estado, mas todo o sector”, afirmou um representante do governo durante o lançamento da VII Feira Anual de Gemas, evento que decorre ao longo de três dias em Nampula.
A feira, considerada uma montra estratégica dos recursos geológicos da província, reúne especialistas nacionais e internacionais, e tem como objectivo promover os minérios, gemas e geociências locais. “O que apresentamos aqui não é apenas uma feira, é uma visão, a visão de um país que aposta no desenvolvimento através do aproveitamento racional e sustentável dos seus recursos”, acrescentou a fonte.

O evento também foi palco de debates sobre os desafios enfrentados pelo sector na província. Entre os problemas apontados estão os altos custos de investimento, o longo período necessário para implantação de indústrias e a necessidade de formalização de operadores locais, garantindo que a exploração mineral gere valor económico e social para as comunidades.
A VII Feira de Gemas promete ainda estimular parcerias e investimentos, reforçando o compromisso de Moçambique com a transparência, sustentabilidade e crescimento do sector mineiro.



