O Presidente da República, Daniel Chapo, lançou oficialmente, em Abril do corrente ano, o projecto de construção da Cidade Petroquímica Nacional, a ser erguida na localidade de Mavanza, no distrito de Vilankulo, província de Inhambane. A iniciativa, avaliada em cerca de 2 mil milhões de dólares norte-americanos, será executada pela empresa Phoenix International Group, com sede em Hong Kong, prevendo-se a sua conclusão até ao ano de 2028.
O empreendimento, considerado estratégico para a industrialização e diversificação da economia nacional, compreende a implantação de centrais térmicas, refinarias, terminais marítimos, unidades de produção de polímeros e fertilizantes, bem como zonas residenciais, dotadas de infra-estruturas sociais básicas, incluindo escolas e hospitais.
Ao intervir no acto de lançamento, o Chefe de Estado destacou que a futura cidade petroquímica visa posicionar Moçambique como plataforma regional de transformação de recursos energéticos e petroquímicos, contribuindo significativamente para o reforço da capacidade produtiva, criação de emprego qualificado e promoção do desenvolvimento local e regional.
“Este investimento constitui um marco importante para a industrialização de Moçambique. Acreditamos que a sua materialização terá impactos directos na geração de postos de trabalho, na dinamização da economia local e na atracção de mais investimentos para a província de Inhambane”, declarou o Presidente Chapo.
De acordo com informações fornecidas na cerimónia, o projecto prevê a criação de infra-estruturas logísticas e industriais integradas, com enfoque na valorização dos hidrocarbonetos explorados no país, reforçando a cadeia de valor energética e promovendo a substituição de importações de derivados do petróleo.
A Phoenix International Group comprometeu-se a observar padrões internacionais de engenharia, segurança e protecção ambiental, estando previstas auditorias técnicas e avaliações regulares em coordenação com as autoridades moçambicanas.
Entretanto, o anúncio do projecto ocorre num contexto em que organizações internacionais têm manifestado preocupações quanto à sustentabilidade ambiental da zona costeira de Inhambane, sobretudo devido à existência de áreas marinhas protegidas e de espécies ameaçadas. Em reacção, o Governo reiterou que o projecto será implementado com respeito pelas normas ambientais vigentes e com consulta permanente às comunidades locais, assegurando a inclusão social e o desenvolvimento territorial equilibrado.
Com este projecto, o Executivo dá mais um passo no sentido de transformar Moçambique num actor relevante na indústria petroquímica regional, promovendo a diversificação económica, criação de infra-estruturas estruturantes e elevação da qualidade de vida das populações.