As reservas obrigatórias dos bancos comerciais foram fixadas pelo Banco de Moçambique no início de Janeiro passado em 10,5 por cento dos depósitos em meticais e 11 por cento dos depósitos em moeda estrangeira, que na altura, totalizavam 62.616 milhões de meticais.
Mas o Banco de Moçambique aumentou este coeficiente duas vezes nos primeiros seis meses do ano, com o argumento de que era necessário “absorver a liquidez excessiva no sistema bancário, com potencial para gerar pressões inflacionistas”.
O último destes aumentos ocorreu no mês de Junho passado, atingindo um máximo de 39 por cento dos depósitos em moeda nacional e 39,5 por cento no caso da moeda estrangeira.
No mês seguinte, segundo dados oficiais consultados esta terça-feira pela Lusa, estas reservas bancárias ascenderam a 236.395 milhões de meticais, um aumento de 277% no espaço de seis meses.
Em Junho, após a segunda subida destes coeficientes, a Confederação das Associações Económicas de Moçambique (CTA) comentou que a decisão tornava ainda mais caro o financiamento bancário, essencial numa economia de Pequenas e Médias Empresas (PME’s), que, consequentemente, enfrentariam mais dificuldades.