Moçambique vai depositar até Junho próximo, no secretariado da Zona de Comércio Livre Continental Africana (AfCFTA, sigla em inglês), a sua oferta tarifária, instrumento imprescindível para a adesão efectiva do País ao mercado livre continental, cujo acordo tinha sido ratificado pela Assembleia da República em Dezembro de 2022.

Trata-se de um instrumento que contém toda a informação relevante sobre os preços dos produtos e serviços que o País poderá colocar no mercado intra-continental, isentos de taxas aduaneiras e a preços competitivos para ombrear com outras ofertas oriundas de outros pontos do continente.

A intenção foi anunciada esta terça-feira, 23 de Maio, em Maputo, pelo ministro da Indústria e Comércio, Silvino Moreno, durante as celebrações da semana de África, que terão o seu auge na quinta-feira (25).

O ministro garante que Moçambique possui um elevado potencial para tirar proveito da AfCFTA e aponta, como exemplo, produtos agrícolas, bem como recursos pesqueiros, particularmente o camarão.

“Temos enormes potencialidades agrícolas. Podemos fornecer castanha de caju, algodão, camarão e outros produtos que neste momento têm como destino a Europa e a Ásia”, disse Silvino Moreno em conferência de imprensa.

O governante afirmou que o País dispõe de uma vasta costa, ideal para a oferta de serviços logísticos, pois alguns países vizinhos do interior, que ratificam o acordo, não têm acesso ao mar e podem utilizar os corredores nacionais para materializar os seus investimentos.

De acordo ainda com Silvino Moreno, depois da deposição da oferta tarifária a nível do órgão continental, segue-se o processo de divulgação dos acordos pelo sector privado nacional, uma vez que as empresas moçambicanas são os principais actores no mercado, sendo elas que deverão retirar o maior proveito deste instrumento.

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