Quinta-feira, Maio 2, 2024
spot_img

Principais bancos centrais injectam USD 9 triliões na economia

Com a economia a sofrer um golpe devido à pandemia da COVID-19, a maioria dos bancos centrais a nível mundial recorreu à promulgação de várias medidas de Facilitação Quantitativa (QE) para salvar a situação. Contudo, as principais economias utilizaram a medida para injectar quantidades históricas de dinheiro nas suas economias em colapso.

De acordo com dados adquiridos por Finbold, entre Janeiro de 2020 e Novembro de 2021, quatro grandes bancos centrais expandiram os seus programas de Facilitação Quantitativa num total de USD nove triliões de dólares para apoiar as suas economias. A Reserva Federal dos Estados Unidos e os Bancos Centrais Europeus representaram cada um USD 3,4 triliões durante o período. O Banco do Japão ocupa o terceiro lugar com USD 1,6 triliões, seguido pelo Banco de Inglaterra com USD 0,6 triliões.

Por outro lado, o balanço da Reserva Federal, dos Bancos Centrais Europeus, do Banco do Japão e do Banco de Inglaterra subiu 60,13% entre 2019 e 2021 de USD 15,5 triliões para USD 24,5 triliões. Ao longo dos últimos oito anos, o balanço acumulado mais baixo dos bancos foi em 2014 de USD 10,4 triliões.

 

Inflação e impressão de mais dinheiro

Com a política monetária a emergir como uma possível almofada para a economia, resultou, no entanto, em potenciais efeitos adversos, tal como salientado pelo relatório.

De acordo com o relatório de investigação, “notavelmente, a impressão de moeda tem várias falhas, sendo a inflação a preocupação mais significativa, especialmente se a produção económica não apoiar a procura. Por exemplo, os Estados Unidos estão, actualmente, a braços com uma inflação galopante que atingiu 6,1%, a mais elevada em quase três décadas. A maioria dos economistas projecta que a inflação continuará a aumentar devido à política monetária adoptada no meio da pandemia.”

O bombeamento de mais dinheiro para a economia no meio da pandemia foi considerado uma medida de último recurso, porque os países corriam o risco de novos colapsos. A maioria dos bancos centrais decidiu sobre o montante a injectar na economia, com base nos factores como estabilidade financeira, nível de inflação, estabilidade das taxas de câmbio, entre outros.

Entrevistas Relacionadas

Mulheres moçambicanas reconhecidas por contribuições notáveis em diversas áreas

A cidade de Maputo foi palco do evento Women...

Governo analisa proposta de aumento de salário mínimo

O salário mínimo em Moçambique, actualmente em 4791 meticais,...

Missão do FMI pretende avaliar a situação económica no país

O Fundo Monetário Internacional (FMI) realizará no próximo mês...

Sasol registou um aumento de 8% na produção de gás em Moçambique

A Sasol, empresa petroquímica com acções na bolsa de...