Domingo, Maio 5, 2024
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Bancos comerciais facturaram 11 biliões de Meticais em 2021

No primeiro semestre de 2021, o sector bancário continuou a registar lucros, apesar dos efeitos da segunda vaga da pandemia da Covid-19 e da instabilidade militar nas zonas Centro e Norte do país, na medida em que os lucros do exercício aumentaram em 3 biliões (ou mil milhões) de Meticais, fixando-se em 11.2 biliões de meticais, em Junho de 2021.

Publicado há dias, um relatório semestral do Banco de Moçambique explica que esta variação é justificada pelo incremento das comissões líquidas em 1.7 bilião de Meticais (correspondente a 33,22%), dos resultados de operações financeiras em 683 milhões de meticais (19,23%), e da margem financeira em 2.9 biliões de meticais (12,31%).

Para além dos lucros, o documento, intitulado “Boletim de Estabilidade Financeira” do Banco Central, refere que o desempenho dos bancos foi também notório na melhoria ligeira da qualidade dos activos, comparativamente ao período homólogo de 2020.

Em Junho último, o activo total do sector bancário moçambicano ascendeu a 797.9 biliões de Meticais, representando um crescimento de 1,48% e 11,43%, em relação a Dezembro e Junho de 2020, respectivamente.

“Os três bancos sistemicamente importantes, designadamente, o Banco Comercial e de Investimentos (BCI), o Banco Internacional de Moçambique (BIM) e o Standard Bank concentravam 69,27%, 64,81% e 57,36% da totalidade dos depósitos, activos e créditos do sector bancário, respectivamente”, sublinha o documento.

O relatório do Banco de Moçambique detalha que, do activo total, os depósitos continuaram, no período em análise, a representar a principal fonte de financiamento do sector bancário, com um peso de 97,72% do total das fontes de financiamento, tendo as restantes fontes de recursos mantido um peso residual.

No que respeita à estrutura dos depósitos, a fonte refere que 63,74% correspondem aos depósitos à ordem, sendo o remanescente equivalente à componente a prazo (35,04%) e outros depósitos (1,22%).

Por fim, o documento explica que tanto os depósitos à ordem como a prazo registaram aumentos equivalentes a 15,50% e 7,39%, respectivamente, quando comparados com o período homólogo de 2020, contribuindo, desta forma, para o contínuo reforço dos fluxos de financiamento do sector bancário.

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