Sábado, Abril 27, 2024
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Empresas continuam optimistas em relação à actividade futura

As perspectivas para a actividade futura permanecem positivas, sendo que dois terços das empresas continuam a indicar previsões optimistas em termos de crescimento e que irão dar origem a um novo aumento dos níveis de pessoal, referem os últimos dados do PMITM.

Valores acima de 50,0 apontam para uma melhoria nas condições das empresas no mês anterior, ao passo que valores abaixo de 50,0 mostram uma deterioração. Pela primeira vez em cinco meses, o indicador PMI ficou abaixo do valor neutro de 50,0 em Janeiro.

Cifrando-se nos 46,7, uma queda em comparação com o valor de 50,6 de Dezembro, o índice indicou uma quebra acentuada das condições de operação gerais, sendo a maior registrada desde Setembro de 2020.

As empresas moçambicanas sofreram novamente quebras em termos de produção e de novas encomendas em Janeiro, sendo as maiores taxas de contração registadas desde Setembro de 2020 e Junho de 2020 respectivamente.

Os níveis mais baixos de novos negócios foram frequentemente associados pelos membros do painel à descida da procura por parte dos clientes devido à nova vaga de casos relacionados com a variante Omicron da COVID-19.

O declínio de vendas deu origem ao segundo mês consecutivo de redução da actividade de aquisição. Os níveis de stock também sofreram uma redução, sendo que a taxa de esgotamento foi a mais rápida dos últimos 17 meses.

Numa nota mais positiva, a descida das aquisições permitiu aos fornecedores efetuar entregas mais rápidas durante o mês de Janeiro, embora existam relatos de escassez de matérias-primas.

Os fornecedores diminuíram igualmente os seus preços, o que deu origem a uma pequena quebra dos custos gerais dos meios de produção, a primeira registrada desde Novembro de 2020. Por sua vez, as empresas baixaram os seus encargos com a produção pela primeira vez durante o mesmo período.

Apesar de nova deterioração das condições das empresas, de uma forma global, as empresas moçambicanas permaneceram optimistas em relação à actividade dos próximos 12 meses, sendo que pouco menos de dois terços dos inquiridos preveem uma situação de crescimento.

As empresas mantêm a esperança no fim da pandemia e que os planos de expansão possam ser postos em prática. Como resultado, os números relativos ao emprego continuaram a aumentar no último período do inquérito, sendo que a taxa de criação de emprego acelerou para o nível mais alto dos últimos três meses, embora permanecendo apenas ligeira.

O nível mais elevado de pessoal e o menor número de vendas fez com que as empresas conseguissem reduzir as suas encomendas em atraso de forma sólida.

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