Quarta-feira, Janeiro 15, 2025
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MEMEC discute transição energética e crescimento económico de Moçambique

A 9ª edição da Conferência e Exposição de Mineração e Energia de Moçambique (MEMEC), realizada entre 26 e 27 de Abril, na cidade de Maputo, sob o lema: “Utilizando os recursos naturais de Moçambique para um Desenvolvimento Económico Transformacional e Sustentável”, discutiu o papel da indústria extrativa na transição energética e no crescimento económico nacional.

De acordo com o Presidente da República, Filipe Nyusi que falava durante a abertura do evento, entre 2011 e 2022 o sector da indústria extrativa registou uma evolução de 1,8 para 10,6% de Produto Interno Bruto (PIB) em Moçambique. Esta cifra foi influenciada pelo desenvolvimento de projectos de exploração de gás natural de Pande e Temane, na província de Inhambane, carvão mineral em Moatize, na província de Tete, areias pesadas em Moma, Pebane e Chibuto, nas províncias de Nampula, Zambézia e Gaza, respectivamente, bem como da exploração de rubis e grafite, em Cabo Delgado.

Segundo  Nyusi, nos últimos anos, o gás natural, em particular, transformou-se numa fonte alternativa para reduzir a dependência do sector hidroelétrico no mundo.

Sendo assim, disse o presidente, espero que, após esta conferência, os investidores apostem na exploração dos recursos e sua posterior transformação dentro do nosso país. No mesmo diapasão, Filipe Nyusi salientou que o primeiro carregamento de gás, na plataforma Coral Sul FLNG, marcou a entrada do país na lista dos produtores e exportadores de GNL.

Durante a sua intervenção, o presidente Nyusi lamentou o facto de o acesso ao financiamento a projectos de geração de energia através das centrais térmicas a gás natural no continente africano constituir um dos principais desafios do sector actualemente.

“Nos últimos 10 anos até 2021 dois terços da nova geração da energia vieram de centrais térmicas a gás o que oferecia mais flexibilidade e estabilidade face das incertezas decorrentes das alterações climáticas sendo benefício para o continente africano, todavia esta tendência enfrenta o dilema do financiamento”, disse.

Para o Presidente da República o uso de gás natural para a geração de energia salvaguarda a natureza e se apresenta como solução de longo prazo pela possibilidade que oferece para a sua conversão em hidrogênio.

Por sua vez o director geral da multinacional Sasol – Moçambique, Ovídio Rodolfo, reconheceu a existência de um ambiente favorável para o investimento privado em Moçambique, tendo acrescentado que tal facto tem contribuído no destaque do país como destino referência para investimentos.

Por causa disso, “o MMEC é uma excelente oportunidade para aprofundar o pensamento, as inovações, discutir as estratégias e políticas dos sectores de mineração e energia em Moçambique”, explicou Ovídio Rodolfo.

Recorde-se que a Sasol está na lista dos maiores contribuintes para o Produto Interno Bruto (PIB) de Moçambique e pioneira na celebração de Acordos de Desenvolvimento Local com o Governo (ADL). Neste momento os projectos resultantes dos ADL estão orçados em 20 milhões de dólares destinados a 37 comunidades dos distritos de Governo e Inhassoro, província de Inhambane.

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