Essas adversidades tem a ver, sobretudo, com a pressão na despesa pública, bem como ao prolongamento e intensificação do conflito entre a Rússia e a Ucrânia, não obstante as perspectivas de manuntenção da inflação em um dígito no médio prazo.
O Banco Central notou que se mantêm as perspectivas de inflação em um dígito no médio prazo. Em Junho de 2023, a inflação anual reduziu para 6,8 por cento, a traduzir, principalmente, a queda dos preços da classe de bens alimentares, favorecida pela época fresca, num contexto de estabilidade da taxa de câmbio.
A inflação subjacente, que exclui as frutas e vegetais e bens administrados, também abrandou. A evolução da inflação no médio prazo reflecte, sobretudo, a estabilidade do Metical e o impacto das medidas que vêm sendo tomadas pelo CPMO.
“Os riscos e incertezas adversos subjacentes às projecções de inflação mantêm-se elevados. A nível interno prevê-se a manuntenção da pressão sore a despesa pública e das incertezas em relação à evolução dos preços de bens administrados, com destaque para os combustíveis líquidos”, diz o Banco de Moçambique.
Igualmente, o Banco Central observa que a dívida pública interna agravou-se. O endividamento público interno, excluindo os contratos de mútuo e de locação e responsabilidades em mora, situa-se em 30,4 mil milhões de meticais, o que representa um aumento de 33,3 mil milhões em relação a Dezembro de 2022.
A taxa MIMO, que significa Taxa do Mercado Interbancário de Moçambique, é a taxa que influencia o preço do dinheiro no mercado. Em outras palavras, esta influencia o nível das restantes taxas de juro no mercado. A próxima reunião ordinária do CPMO está marcada para o dia 22 de Dezembro de 2023.