Sábado, Maio 11, 2024
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Cabo Delgado já tem Balcão de Atendimento Único de Conteúdo Local

O posicionamento é do Governador da província de Cabo Delgado, Valige Tauabo, que falava momentos depois do corte da fita e entrega da infraestrutura, vista como essencial para dar acompanhamento ao empresariado local, face aos megaprojectos que despontam na província nortenha.

Concretamente, o Balcão em referência, visa promover o conteúdo local, através da divulgação de informação de interesse comercial, promoção de ligações empresariais, da capacitação de empresas e recursos humanos moçambicanos.

Entre outras acções, a infraestrutura abre caminhos para o fomento de relações comerciais e integração de empresas moçambicanas nas oportunidades de negócio criadas, directa ou indirectamente, pelo projecto Mozambique LNG, operado pela TotalEnergies EP Mozambique Area 1 Limitada, na Bacia do Rovuma.

Na cerimónia de inauguração, Tauabo apontou o feito do Projecto Mozambique LNG como uma “aposta firme nas Pequenas Médias Empresas (PME’s) da Província de Cabo Delgado, demostrada a partir da concepção desta plataforma, que representa uma capacidade adicional para mudar para melhor o paradigma da relação entre os grandes investimentos, o Governo na Província e o empresariado local”.

Intervindo na ocasião, Stéphane Le-Galles, Vice-presidente sénior de operações do Mozambique LNG, apontou para o empreendimento como a realização de um dos compromissos assumidos pelo projecto, que embora as adversidades existentes, esforços continuam para estimular o  conteúdo local.

“Continuamos a investir em acções de conteúdo local, embora o nosso projecto, Mozambique LNG, esteja em força maior e, portanto, com as operações de construção suspensas. Este Balcão é mais um passo importante da nossa iniciativa CapacitaMoz, que funciona como plataforma para contribuir para, entre outros objectivos, a capacitação de moçambicanos”, argumentou Le-Galles.

Primeiro projecto offshore de GNL no país

O projecto Mozambique LNG é o primeiro desenvolvimento em terra de uma fábrica de gás natural liquefeito (GNL) no país.  O projecto inclui o desenvolvimento dos campos Golfinho e Atum, localizados na Área 1 Offshore e a construção de uma fábrica com duas unidades de liquefação com capacidade de 13,12 milhões de toneladas por ano (MTPA).

A Área 1 contém aproximadamente até 65 trilhões de pés cúbicos de gás (Tcf), dos quais 18 serão desenvolvidos com as duas primeiras unidades de liquefação. A TotalEnergies EP Mozambique Área 1 Limitada, opera o projecto Mozambique LNG com uma participação de 26,5 por cento.

A subsidiária detida a 100 por cento pela petrolídera francesa TotalEnergies SE, comparticipa o projecto com a Mitsui E&P Mozambique Area1 Limited que possui 20 por cento de acções, a estatal ENH Rovuma Área 1, S.A. (15%), ONGC Videsh Rovuma Limited (10%), Beas Rovuma Energy Mozambique Limited (10%), BPRL Ventures Mozambique B.V. (10%) e PTTEP Mozambique Area 1 Limited (8.5%).

 

 

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