Além da agricultura, o vice-ministro disse que foram identificadas outras áreas que vão alavancar a cooperação bilateral, entre eles, o sector de recursos minerais e energia, infraestruturas e comércio, sublinhando que nestas áreas, a cooperação ainda é muito fraca.
O governo identificou também o reforço do sector de investigação, dando primazia aos actuais desafios que o país enfrenta, sobretudo das mudanças climáticas, no concernente aos produtos agrários adaptáveis para o caso de Moçambique.
O facto foi avançado pelo vice-ministro moçambicano dos Negócios Estrangeiros e Cooperação, Manuel Gonçalves, que falava hoje em Maputo, em conferência de imprensa que teve lugar minutos após o Primeiro-Ministro, Adriano Maleiane, ter recebido e mantido conversações oficiais com a vice-presidente do Vietname, Võ Thị Ánh Xuân.
Xuân iniciou domingo (10) uma visita oficial de quatro dias a Moçambique, com o objectivo de reforçar as relações bilaterais existentes entre os dois países.
“Nós já temos alguma experiência de cooperação na área de produção do arroz com Vietname; nós queremos reforçar essa parte da produção do arroz, queremos reforçar a produção de tubérculos. O Vietname tem muita experiência”, referiu.
Acrescentou que “nós queremos reforçar a cooperação na área de aquacultura, e a investigação é uma parte, mas em termos de agricultura são vários sectores que nós queremos cooperar com eles.”.
Por isso, o maior interesse do Executivo moçambicano é o de apostar na investigação agrária. A província central de Manica, em Moçambique, já exportou, no ano em curso, cerca de 800 toneladas de macadâmia para Vietname, China, e alguns países europeus.
Gonçalves destacou a presença, desde 2012, no país da operadora de telecomunicações móveis, a Movitel, mesmo ano em que Moçambique estabeleceu a sua missão diplomática no Vietname.
Os dois países estabeleceram relações diplomáticas em 1975, tendo o país asiático firmado a sua Embaixada no país em 1976.



