O pronunciamento da Ernst&Young surge dias depois de a Fly Modern Ark, empresa sul-africana gestora das Linhas Aéreas de Moçambique, ter afirmado que detectou situações de corrupção, fornecimento de serviços acima dos valores de mercado e provedores de serviços sem contratos, na companhia aérea de bandeira.
O facto levou a que algumas entidades exigissem a reacção da empresa Ernst and Young, conhecida como a entidade auditora das contas das Linhas Aéreas de Moçambique. Hoje, o sócio-gerente da Ernst and Young, Paulo Reis, disse não estar autorizado a falar sobre a situação financeira da companhia aérea nacional. A fonte avançou, no entanto, que a última auditoria, na companhia, foi feita em 2021.
Recentemente, o director-executivo da Fly Modern Ark (FMA), empresa sul-africana gestora da LAM, acusou os administradores da empresa, de levarem a companhia à falência.
Segundo Theunis Crous, um dos aspectos que teria deteriorado a condição financeira da LAM foi a aprovação, em Janeiro deste ano, pelos então administradores da empresa, de uma remuneração adicional de cem mil meticais por mês, numa altura em que o governo procura soluções para salvar a empresa.
Além disso, segundo Crous, a FMA verificou que há 54 contas bancárias domiciliadas fora do país e que recebiam valores monetários em transacções aparentemente duvidosas, o que pode gerar indícios criminais.
A LAM encontra-se sob gestão da Fly Modern Ark desde Abril do ano em curso, para um período de 12 meses. È responsabilidade da FMA melhorar a situação financeira da empresa, dispondo de tarifas competitivas e aumento da frota e voos.