Wednesday, December 3, 2025
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País defende transição energética mais justa em nações subdesenvolvidas

O posicionamento foi assumido pelo Presidente da República, Filipe Nyusi, durante o seu discurso proferido na noite da última terça-feira (19), na cidade norte-americana de Nova Iorque, durante a 78ª sessão anual da Assembleia Geral das Nações Unidas.

Nyusi frisa que a transição para as energias renováveis deve acontecer sem prejuízo para o desenvolvimento dos países mais pobres. Por isso, deve ser uma transição mais justa que permita aos países menos desenvolvidos consolidar as suas economias.

“A transição energética é um imperativo global visando construir sociedades mais resilientes e sustentáveis. No entanto, defendemos que a transição energética deve ser justa e deve servir de rampa de modo a permitir aos países pobres encontrar uma janela de oportunidade para a diversificação da matriz energética de forma a consolidar as suas economias”, disse o estadista moçambicano.

Segundo Nyusi, tratar-se de um processo que necessita de grandes investimentos, razão pela qual chama aos países mais desenvolvidos a apoiar neste sentido.

“A transição energética requer investimentos de vulto, em projectos de geração de energia a partir de fontes limpas [daí que] mais uma vez convidamos os países mais industrializados para serem solidários incrementando o financiamento climático”, disse.

Na ocasião, destacou que Moçambique “é uma referência regional pela diversidade da sua matriz energética que inclui barragens hidroeléctricas, com destaque para Cahora Bassa, centrais solares e eólicas estando em curso o projecto de construção da barragem de Mphanda Nkuwa”.

Anotou que no transacto Moçambique juntou-se ao grupo de países produtores e exportadores de gás natural liquefeito, um passo muito importante para acelerar a transição energética.

De acordo com o estadista, o sector energético em Moçambique é dominado pela energia hídrica com capacidade para produzir 2.172 megawatts, solar 95 megawatts, gás 441 megawatts, e diesel 120 megawatts, num momento em que se fala da potencial de entrada em operação da central térmica de Temane no último trimestre de 2024 com capacidade de 450 megawatts e a longo prazo a hidroeléctrica de Mphanda Nkuwa com capacidade de 1.500 megawatts.

Nos últimos anos, os países mais desenvolvidos têm vindo a pressionar para o banimento de fontes de energia mais poluentes, particularmente o carvão, de modo a reduzir a emissão de gases estufa.

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