A petrolífera francesa TotalEnergies reafirma para breve a retoma do projecto, através da construção da planta de Gás Natural Liquefeito na Península de Afunji, em Cabo Delgado.
Trata-se de um projecto cuja implementação foi interrompida em 2021, com a declaração de “força maior”, pelo consórcio, depois do ataque terrorista à vila-sede do distrito de Palma, a escassos 30 quilómetros do acampamento.
O ministro dos Transportes e Comunicações, Mateus Magala, visitou, semana finda, o aeroporto da TotalEnergies em Afungi e os aeródromos de Palma e Montepuez, ambos em Cabo Delgado, no quadro da monitoria dos preparativos para a retoma das actividades.
Magala manteve encontro com os gestores da planta do gás, onde recebeu garantias de haver optimismo e vontade de retomar os trabalhos, justificando o facto de existir uma colaboração efectiva com as autoridades bem como a paz que se faz sentir no terreno, sem, contudo, menosprezar os riscos que ainda prevalecem.
Estas informações vêm reforçar o que se tem avançado pela gestão máxima da Total. Há dias, por exemplo, o CEO da firma disse ao site de notícias da Reuters que havia várias oportunidades para a retoma das actividades da petrolífera na província do Norte de Moçambique.
O gestor destacou os avanços na restauração da tranquilidade nas zonas assoladas pelos ataques dos insurgentes. Estes progressos são o resultado da intervenção militar conjunta entre as Forças de Defesa e Segurança (FDS) nacionais e estrangeiras, nomeadamente as da SADC designadas por SAMMIM e as do Ruanda.
Maior investimento até então
A TotalEnergies é responsável de 25 por cento de acções no seu Projecto de Gás Natural (GNL) na península de Afungi, no distrito de Palma, em Cabo Delgado. Denominado Mozambique Venture, o projecto é, até então, o que maior investimento já recebeu no país, avaliado em mais de 20 milhões de dólares americanos.
O Projecto é visto como um dos mais promissores para a Balança de receitas na economia moçambicana. Tem o potencial de alimentar o mercado nacional e internacional e contribuir para a agenda de transição energética dentro e fora do território nacional.