Quarta-feira, Agosto 27, 2025
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Sector privado alarga debate rumo à transição energética justa

O sector privado quer alargar a sua participação nos principais debates sobre a transição energética em Moçambique  e contribuir, através das suas percepções, para o desenvolvimento da matriz energética nacional de forma justa.

Entende que a sua expressão continua diminuta apesar de estar ciente que poderia dar a sua voz em questões de relevo no âmbito de accções atinentes à ao alcance da transição energética.

O empresariado aponta que é razoável que as grandes, pequenas e médias empresas tomem a dianteira, para que a narrativa sobre esta temática esteja alinhada com a actuação da indústria.

Aliás, é ainda necessário ultrapassar algumas assimetrias de partilha da informação sobre o assunto que, de alguma forma, podem manchar a agenda energética.

A informações foram partilhadas por Florival Mucave, Presidente da Câmara de Energia de Moçambique, nesta quinta-feira, durante um workshop sobre a Transição Energética em Moçambique.

“É imperativo que a narrativa da transição energética moçambicana tenha uma participação significante do sector privado. Caso contrário, o que vai acontecer, é que haverá medidas legislativas e administrativas sobre a transição energética que não são devidamente exequíveis”, apontou Mucave.

“O nosso apelo é que o Governo tome em consideração o sector privadosobre estes debates, porque o que se espera, em certos círculos, é que por exemplo Moçambique pare de explorar alguns dos seus recursos naturais. É importante encontramos um meio-termo para conciliar o desenvolvimento e a mitigação dos efeitos climáticos”, argumentou a fonte.

Industrialização e sustentabilidade

Ainda esgrimindo-se em explicações sobre uma transição energética justa, Mucave trouxe o exemplo do contributo económico da revolução industrial no ocidente, que data há mais de dois séculos e que aconteceu numa altura em que o debate climático ainda não era expressiva.

Ao rebuscar esse exemplo, o representante do sector privado, explicou que os tempos actuais são, dada a narrativa de sustentabilidade, mais desafiadores para países em desenvolvimento como Moçambique e em franca emergência industrial.

Para o sector privado, é necessário que haja uma harmonização entre os objectivos da industrialização e das medidas do desenvolvimento sustentável.

Decorrido na cidade de Maputo, o workshop aconteceu em parceria com as Embaixadas do Canadá, do Reino dos Países Baixos e do Governo, representado pelo Ministério de Energia e Recursos Minerais (MIREME).

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