A presidente do Conselho de Administração (PCA) da companhia petrolífera sul-coreana Kogas, Yeon-Hye Choi, manifestou o seu compromisso de continuar a investir no projecto de exploração e produção de gás natural liquefeito (GNL) em curso na Área 4 da bacia do Rovuma, na província de Cabo Delgado, norte de Moçambique.
Intervindo após um encontro com o chefe do Estado, Filipe Nyusi, em Seul, capital da Coreia do Sul, a responsável avançou que a região onde está implantado o projecto está estável em termos de segurança, acrescentando que teve uma interacção “muito frutífera”, durante a qual ambas as partes compartilharam uma grande visão para o futuro.
Já o vice-ministro dos Recursos Minerais e Energia, António Saíde, que também participou na reunião, explicou que as partes avaliaram o progresso dos projectos na Área 4 e transmitiram, com muita clareza, o que se fez na área de segurança ao nível da região onde a Kogas é parceira.
“A Kogas afirmou estar confiante no mercado moçambicano porque pode contribuir para a estabilidade energética a nível mundial, daí que vão continuar neste projecto de gás natural”, frisou.
O responsável fez saber que as partes também abordaram o desenvolvimento do projecto de distribuição de gás natural canalizado nas cidades da Matola e Maputo e, neste contexto, reiterou-se o compromisso de continuar a trabalhar com a Empresa Nacional de Hidrocarbonetos (ENH).
“Aquilo que foi projectado para canalização doméstica andava na ordem das 500 ligações, mas já foram realizadas cerca de 350, sendo que queremos acreditar que as restantes poderão ser feitas nos próximos tempos”, frisou.
Ao nível dos grandes consumidores, Saíde referiu a existência de 30 indústrias ligadas à rede de distribuição de gás natural, sublinhando que “o Governo introduziu um novo paradigma para o aproveitamento do gás natural canalizado, que consiste na provisão de gás natural no desenho de futuras infra-estruturas e cidades que o País vai desenvolver, ara garantir que sejam incorporados estes projectos”.
A Kogas é parceira na Área 4 da bacia do Rovuma, operada pela Mozambique Rovuma Venture (MRV), em co-propriedade com a ExxonMobil, Eni e CNPC (China), que detém 70% de interesse participativo no contrato de concessão. A Kogas, Galp e a Empresa Nacional de Hidrocarbonetos detêm, cada, uma participação de 10%.