A Empresa Nacional de Hidrocarbonetos (ENH) está a investir na sua especialização na prestação de serviços de perfuração offshore (no mar), na área de pesquisa e produção, reforçando, assim, a participação do Estado nos projectos de gás e petróleo no país.
Para o efeito, foi assinado sexta-feira, em Maputo, um acordo de accionistas entre a ENH Exploration, entidade de objecto específico da ENH, e a Saipem International B.V., em representação da multinacional italiana de serviços SAIPEM.
Conforme soube o “Notícias”, a sociedade a ser criada terá como missão a prestação de serviços com base na utilização de uma plataforma de perfuração offshore, com as competências adequadas e um sistema de gestão de projectos de HSE (Higiene, Saúde e Segurança) em Moçambique.
O capital social da sociedade está dividido em 51 por cento para a ENH e 49 para a Saipem, numa parceria válida por um período de oito anos, renováveis dependendo das partes.
Este projecto coloca a ENH como operadora principal na prestação de serviços de perfuração no mar, destacando-se no mercado doméstico e regional como um dos poucos actores deste segmento com capacidade própria, contribuindo para o reforço da economia nacional.
A assinatura foi testemunhada pelo ministro dos Recursos Minerais e Energia, Carlos Zacarias, e pela Presidente do Conselho de Administração da ENH, Ludovina Bernardo.
A ENH tem como principais activos as participações nos contratos de concessão de exploração e produção de petróleo e gás.
Os activos da empresa incluem bens e equipamentos de pesquisa, entre o processamento de gás natural e todo o complexo associado, em um raio de cerca de 850 quilómetros que liga Pande/Temane à região de Secunda, na África do Sul. Este gasoduto é plenamente gerido e operado pela ENH e os parceiros do projecto.
Na vertente de distribuição, a ENH está envolvida na distribuição do gás de cozinha produzido no mercado doméstico e em outros mercados internacionais, destacando-se como uma das empresas de referência no sector energético em Moçambique.