O Relatório da Balança de Pagamentos de 2024 revela que a factura de importações se situou em 8.375 milhões de USD, em 2024, o correspondente a 37,9% do Produto Interno Bruto (PIB). O facto representa uma redução de 9.0% em relação a 2023, influenciada pela queda das importações de bens da economia tradicional (14%).
De acordo com o documento, os bens intermédios representaram cerca de 31% do total das importações, tendo custado ao país 2.579 milhões de USD, o que corresponde a uma redução anual de 16%, influenciada pela contenção na aquisição do alumínio bruto (54%), material de construção, excluindo o cimento (17%) e combustíveis (16,0%).
Quanto aos bens de consumo, com um peso de 25% do total dos gastos com importações, conheceram uma queda anual de 10%, fixando-se em 2.063 milhões de USD, ressentindo-se da diminuição nos gastos com os medicamentos e reagentes (28%), trigo (19%), óleo alimentar (17%) e automóveis (8%).
Por sua vez, a importação de bens de capital registou uma contracção de 16% para 1.474 milhões de USD, explicada pela redução na compra de maquinaria diversa (15%) e tractores e semi-reboques (30%).
O Relatório destaca que a vizinha África do Sul continua a ser a principal fonte de origem das importações moçambicanas, com um peso de 25%, que corresponde ao montante de 2.094 milhões de USD. A energia eléctrica, automóveis para transporte de mercadorias, barras de ferro e farinha de cereais são os principais produtos que Moçambique compra daquele país da África Austral.
Por sua vez, a China aparece em segunda posição, detendo um peso de 17% do total das importações, destacando-se pelo fornecimento de tractores, automóveis para transporte de mercadorias, diversa maquinaria pesada e pesticidas diversos.
Já os Emirados Árabes Unidos fecham o pódio, com um contributo de 6% nas importações, destacando-se no fornecimento de combustíveis, cimento, arroz e máquinas diversas, entre outros, cujo custo total ascendeu a 483 milhões de USD.