O embaixador da Alemanha em Moçambique, Ronald Münch, revelou que o seu país está interessado em expandir os investimentos no sector da energia, bem como financiar iniciativas que promovam o acesso à electricidade, sobretudo nas zonas rurais, de modo a impulsionar a economia local e promover o desenvolvimento.
Falando durante um encontro em Maputo, o diplomata destacou que a Alemanha possui empresas equipadas com tecnologia avançada e de grande reputação na área energética, que podem trazer benefícios significativos para Moçambique.
“Fomos pioneiros na adopção de acções concretas para a transição energética na Europa, por isso acreditamos que uma parceria entre as empresas dos dois países pode estabelecer sinergias e troca de experiências para a implementação da Estratégia de Transição Energética de Moçambique, orçada em 80 mil milhões de dólares”, justificou Münch.
O embaixador reconheceu o potencial energético que Moçambique possui, afirmando que as condições estão criadas para que o país se torne um dos principais produtores ao nível da África Austral.
No ano passado, o Banco de Desenvolvimento Alemão (KfM) revelou que pretende investir até 21 milhões de dólares para apoiar a construção de centrais solares fotovoltaicas e hidroeléctricas em Moçambique. Apoiado pela União Europeia (UE) e pelo Ministério Federal Alemão para a Cooperação e Desenvolvimento Económico, o investimento faz parte do programa Global Electricity Transition Feed-in-Tariff (GET FiT), que visa melhorar a electrificação do País até 2030.
“A energia hidroeléctrica tem um enorme potencial em Moçambique para gerar energia amiga do clima e, se for fornecida de forma fiável, contribuirá para o desenvolvimento económico do País”, afirmou o gestor de portefólio do Banco, Marco Freitag.
Segundo Freitag, “espera-se que o investimento de 21 milhões de dólares permita a entrada de mais empresas no mercado energético moçambicano. Além disso, apoiará a ligação de centrais hidroeléctricas à rede nacional, com foco específico nas zonas Norte e centro de Moçambique, onde aproximadamente 80% da população vive em pobreza energética”.
Esses investimentos não só prometem melhorar a infra-estrutura energética de Moçambique, mas também proporcionar um impulso significativo ao desenvolvimento económico e à qualidade de vida da população, especialmente nas áreas rurais.