O marketing desempenha um papel fundamental no sector empresarial, impulsionando a visibilidade, a competitividade e o crescimento das empresas ao conectar efectivamente produtos e serviços com as necessidades e desejos dos consumidores.
Em conversa com o Profile, Ana Zara, Directora de Marketing do BCI, deixou ficar o seu parecer sobre o Superbrands Moçambique e destacou os desafios e expectativas do Marketing Empresarial no contexto moçambicano.
Profile Mozambique: Como observa a evolução do Branding em Moçambique?
Ana Zara: Em Moçambique, o branding vem sendo cada vez mais reconhecido como uma estratégia fundamental para o fortalecimento das marcas, algo que também é observado em diversos outros países. A chegada da Superbrands ao país, representa um marco nesse sentido, pois ao destacar e valorizar as melhores marcas do mercado, ela não apenas reforça a importância do branding, mas também evidencia o potencial e a qualidade das empresas locais, o que consequentemente, reflete positivamente na economia do país, por mencionar e diversidade e qualidade dos produtos e serviços oferecidos.
PM: Uma boa estratégia de marketing, pode ser determinante para o sucesso ou fracasso de uma marca. Como Directora de Marketing o BCI, quais sao os desafios que os profissionais encontram no sector?
A.Z: Como profissionais de marketing, identificamos alguns desafios significativos para as marcas conseguirem fixar-se no território nacional. Um dos principais, é a criação e a comunicação eficaz para a identidade da marca. Por exemplo, o BCI (Banco Comercial e de Investimentos), o desafio sempre foi fortificar a essência de uma marca que apoia, que cria laços e conecta todos os moçambicanos ao banco. Para o BCI, a “moçambicanidade” é o cerne de todas as campanhas, pois agrega valor à marca, tomando como base a identidade nacional e o orgulho moçambicano. Ademais, outro desafio é a adaptação constante às mudanças no mercado e às preferências do consumidor. As marcas e concretamente no sector da banca, há uma necessidade de ser flexível para acompanhar as tendências e inovações, garantindo que suas estratégias de marketing estejam alinhadas com as expectativas do público.
PM: Têm existido avanços relevantes na tecnologia ao dispor da indústria bancária e a entrada de novos players nesta indústria. Face a esta evolução, de que forma se está a posicionar?
A.Z: A adaptação à era digital é essencial para as marcas alcançarem níveis de excelência exigidos no mercado nacional e internacional. Aquelas que não se adaptam à digitalização correm o risco de ficar para trás. Um sector que exemplifica bem essa necessidade é o bancário, onde a adaptação à inteligência artificial é obrigatória. As instituições bancárias que não incorporam tecnologias como IA para melhorar a eficiência operacional, a segurança e a experiência do cliente estarão em desvantagem. Por outra, a digitalização não se limita apenas à tecnologia, mas também envolve uma mudança na mentalidade e na cultura organizacional. As marcas devem estar abertas a experimentar novas tecnologias e formas de interacção com os clientes.
PM: Sob ponto de vista de posiciosionamento de marca, o que se pode esperar do BCI para o presente ano?
A.Z: O BCI está sempre em busca de inovações bancárias para atender às necessidades e expectativas dos Clientes. Sob o ponto de vista do posicionamento, podemos esperar por mais projectos publicitários que destaquem a melhoria dos nossos serviços financeiros e criem proximidade com o Cliente, promovendo o orgulho moçambicano e garantindo a excelência. Estamos sempre preocupados e atentos à evolução. Tal como já referi, o foco é continuar a ter a proximidade com o Cliente e ser um banco que opera com orgulho que nos referencia. Queremos continuar a ser a primeira opção bancária para o Cliente! Para nós, o BCI não é apenas um banco, é o banco de TODOS os Moçambicanos.
Somos um Banco que é daqui na sua forma de estar, em tudo o que faz e comunica, o que nos diferencia das restantes principais marcas bancárias presentes no mercado moçambicano.
PM: Para finalizar, quais são as expectativas em relação a edição 2024, da Superbrands?
A.Z: Nesta edição, temos grandes expectativas e estamos ansiosos por muita inovação e evolução. A Superbrands se destaca por eleger as melhores marcas do mercado, e ao participar como conselheira, crescemos automaticamente, obtendo uma visão ampliada sobre o posicionamento das empresas em Moçambique. Estamos a falar de uma organização reconhecida internacionalmente por identificar e premiar marcas de destaque em diferentes países. Em Moçambique, a sua contribuição é significativa para o reconhecimento e promoção de marcas locais de excelência, tanto dentro do país quanto internacionalmente. Definitivamente, a contribuição da Superbrands para o cenário empresarial moçambicano é de extrema importância e pode trazer uma série de benefícios tangíveis para as marcas locais e para o país como um todo.
Em primeiro lugar, ao destacar e reconhecer as marcas moçambicanas que se posicionam pela excelência nos respectivos sectores, a Superbrands está não apenas oferecendo reconhecimento merecido, mas também aumentando sua visibilidade e reputação. Isso pode abrir portas para oportunidades de negócios e parcerias tanto dentro quanto fora do país, colocando essas marcas num pedestal que atrai a atenção de consumidores e investidores.
Em suma, a Superbrands desempenha um papel importante na promoção e reconhecimento das marcas moçambicanas de excelência, contribuindo assim para o desenvolvimento económico e a reputação do país!
Para mais detalhes, siga e acompanhe o percurso profissional: Ana Zara