Falando no painel sobre “Finanças Mistas Acelerando a Transformação dos Sistemas Alimentares”, Salim Valá afirmou não estar satisfeito por nenhuma empresa do sector agro-alimentar estar cotada na BVM, nem utilizar outros instrumentos disponíveis na bolsa.

Segundo o responsável, “o financiamento tem sido apontado como um dos principais constrangimentos para o crescimento e sustentabilidade do sector agro-alimentar, quer devido às elevadas taxas de juro aplicadas, quer devido à falta de mecanismos financeiros inovadores e adequados especificamente para o financiamento de pequenas e médias empresas do sector agro-alimentar”.

Para o chefe da BVM, as PME do sector agro-alimentar são o principal desafio para o financiamento, porque os montantes exigidos são baixos, não têm garantias reais, não têm uma história significativa de financiamento, não têm uma contabilidade organizada e as perspetivas de crescimento são incertas, comportando um risco elevado com um potencial de retorno relativamente baixo.

“O financiamento tem sido apontado como uma das principais limitações ao crescimento e sustentabilidade do sector agro-alimentar, tanto devido às elevadas taxas de juro aplicadas como devido à falta de mecanismos financeiros inovadores e adequados” “Baixa produtividade devido principalmente à baixa intensidade dos factores de produção, fraca adopção de tecnologias modernas, margens de lucro reduzidas, elevada exposição a eventos climáticos extremos, fraca infra-estrutura de apoio físico e institucional, e fracas ligações de mercado tornam o negócio menos apetitoso para empresários e investidores”, descreveu Salim Valá.

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Mas mesmo com estas limitações, Salim Valá disse que a BVM tem mecanismos de financiamento alternativos disponíveis para as empresas moçambicanas. Estes incluem os do sector agrícola, através do próprio capital da empresa, uma fonte potencial de financiamento para dispersar o risco empresarial e beneficiar de taxas de juro mais baixas.

Além disso, a plataforma da bolsa seria utilizada para aumentar a visibilidade da empresa e do negócio”, concluiu.

“Estamos a trabalhar para que no futuro tenhamos empresas ligadas ao agronegócio, turismo, complexo minero-energético, infra-estruturas, sector financeiro, e projectos de exploração de recursos naturais, cotados na bolsa moçambicana”.

 

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