Apesar da crise não estar intensa em Moçambique, em alguns países da África, concretamente na Nigéria, o impacto da subida já se faz sentir em todo o país, a título de exemplo, o preço de um quilo de arroz importado aumentou em 46,34% em Agosto de 2023, em comparação com o ano anterior, de acordo com a Agência Nacional de Estatística.
O impacto da crise é sentido não só pela população nigeriana, mas também por outros países que dependem das exportações de arroz da Índia, o maior exportador mundial. Restrições impostas pelo governo indiano desde 2022 têm causado preocupações em todo o mundo. A Índia deixou de exportar “arroz branqueado”, um produto barato e nutritivo comprado principalmente por países mais pobres, como Bangladesh e Benim. A proibição continua em vigor em 2024, com a imposição de tarifas e restrições adicionais.
O pânico entre os consumidores e as medidas tomadas por outros grandes países produtores destacam a gravidade da situação. A Índia espera atingir uma meta de 128 milhões de toneladas métricas de arroz até Setembro de 2024, mas fenómenos climáticos como o El Niño representam desafios adicionais para a produção.