Cerca de 20 milhões de agricultores africanos, poderão beneficiar de 1,5 biliões de dólares norte-americanos, aprovados pelo Banco Africano de Desenvolvimento (BAD), para evitar uma crise alimentar iminente.

Devido ao corte do fornecimento de alimentos resultante da guerra entre a Rússia e a Ucrânia, o continente africano tem vindo a enfrentar uma escassez de pelo menos 30 milhões de toneladas métricas de alimentos, especialmente trigo, milho e soja importados de ambos os países.

Segundo o BAD, os agricultores africanos precisam urgentemente de sementes e insumos de alta qualidade antes do início da época de plantio, em Maio corrente, para aumentar, imediatamente, o fornecimento de alimentos. Por isso, a instituição aprovou, na sexta-feira, um pacote de financiamento de 1,5 biliões de dólares, para evitar uma crise alimentar iminente.

De acordo com o jornl O País, o valor permitirá a produção de 11 milhões de toneladas de trigo, 18 milhões de milhões, seis milhões de arroz, e 2,5 milhões de sojas.

Pequenos poderão produzir 38 milhões de toneladas

O Mecanismo Africano de Produção Alimentar de Emergência vai fornecer a 20 milhões de pequenos agricultores africanos sementes certificadas, bem como aumentar o acesso a fertilizantes agrícolas e permitir-lhes-á produzir, rapidamente, 38 milhões de toneladas de alimentos, refere a instituição.

O BAD, através do Mecanismo Africano de Produção Alimentar de Emergência, também vai criar uma plataforma para defender reformas políticas críticas, de maneira a resolver as questões estruturais que impedem os agricultores de receberem insumos modernos e o reforço das instituições nacionais que supervisionam os mercados de insumos.

Serão também fornecidos fertilizantes aos pequenos agricultores africanos durante as próximas quatro épocas agrícolas, e garantias de empréstimo e outros instrumentos financeiros.

Muitos países africanos já assistiram a aumentos de preços do pão e outros artigos alimentares. Se este défice não for compensado, de acordo com o BAD, a produção alimentar em África diminuirá pelo menos 20% e o continente poderá perder mais de 11 mil milhões de dólares em valor de produção alimentar.

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