Zaitina Raul Chilaule foi nomeada esta segunda-feira, pelo Banco de Moçambique, como inspectora residente no Standard Bank, uma instituição bancária de importância sistémica que foi suspensa durante um ano do mercado cambial moçambicano por “infracções graves”, lê-se numa nota do regulador.
“É da responsabilidade do inspector residente, entre outras tarefas, acompanhar a implementação do plano de acção dos accionistas, acompanhar e analisar a evolução do sistema de governação e controlo interno do banco, e participar em reuniões relevantes dos órgãos colegiados”, lê-se na nota do banco central, que também descreve Zaitina Raul Chilaule como um membro “senior staff” no Banco de Moçambique.
A suspensão do Standard Bank do Mercado Interbancário de Divisas foi anunciada a 23 de Junho, e no dia seguinte, o banco central anunciou a abertura de três “procedimentos contra-ordenacionais” contra aquele banco e dois dos seus funcionários, nomeadamente Adimohanma Chukwuma Nwokocha e Carlos Madeira, que foram proibidos de ocupar posições em instituições de crédito durante seis anos e devem pagar multas de seis milhões de meticais e 14 milhões de meticais, respectivamente.
O Standard Bank terá também de pagar uma multa de 290 milhões de meticais, após o banco central ter detectado “infracções graves” durante as inspecções, com ênfase na manipulação fraudulenta da taxa de câmbio.
Na nota de hoje, o Banco de Moçambique salienta que os accionistas dessa instituição estão a colaborar com o regulador, reiterando ainda que “todas as operações no sistema bancário estão a decorrer dentro da normalidade”.