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Banco Mundial investe 15 milhões de dólares no sector privado agrário em seis províncias moçambicanas

Banco Mundial investe 15 milhões de dólares no sector privado agrário de seis províncias moçambicanas

O Banco Mundial anunciou recentemente um desembolso significativo de mais de US$ 15 milhões para impulsionar o desenvolvimento do sector privado agrário em seis províncias do centro e Norte de Moçambique. As áreas beneficiadas incluem a produção e processamento de sementes, caju e agro processamento.

As províncias contempladas por esse investimento estratégico são Sofala, Manica, Tete, Zambézia, Nampula e Niassa. A iniciativa visa estimular o crescimento da produção e produtividade agrícolas, além de impulsionar o sector privado, que há tempos clama por mais incentivos para se consolidar no cenário económico.

O montante liberado integra o projeto MozRural, uma iniciativa governamental que busca aprimorar a renda das famílias rurais. O Delegado Provincial do Fundo Nacional de Desenvolvimento Sustentável na Zambézia (FNDS), José Gonçalo, destaca que o objectivo do projecto é promover o desenvolvimento de cadeias de valor agrícola e florestal, melhorando assim a qualidade de vida dos agregados familiares rurais.

Durante a cerimónia de lançamento da chamada para financiamento de Pequenas e Médias Empresas de Agro-negócios, realizada na cidade de Quelimane, José Gonçalo reiterou que o fundo busca impulsionar a agricultura sustentável, promovendo impactos sociais, económicos e ambientais positivos.

O MozRural abrange sete componentes estruturantes, incluindo apoio à produção agrícola familiar, transferência de tecnologias, financiamento, mercados, planeamento e ordenamento produtivo, além de salvaguardas ambientais e sociais, e subsídio ao produtor. Uma parte dos fundos será destinada ao financiamento de Pequenas e Médias Empresas do sector de agro-negócio e pequenos produtores que actuam nas áreas de caju, agro processamento e sementes.

As empresas interessadas na produção e processamento de sementes poderão concorrer a financiamentos que variam entre um milhão e cinquenta milhões de meticais. Já para o sector de caju, os limites vão de um milhão e quinhentos mil a dezoito milhões de meticais, enquanto as PMEs no sector de agro processamento poderão pleitear valores entre seis milhões e quarenta milhões de meticais. Em ambos os casos, os concorrentes qualificados deverão contribuir com trinta por cento do financiamento, enquanto a responsabilidade do implementador será de setenta por cento.

O director provincial da Agricultura e Pescas da Zambézia, Fernando Namacura, destacou que esse financiamento representa uma oportunidade crucial para solucionar desafios enfrentados pelo sector privado agrário. Ele encorajou os empresários a buscar os trinta por cento adicionais junto às instituições bancárias para aproveitar plenamente essa oportunidade. Os empresários, por sua vez, demonstraram optimismo e comprometeram-se a aprimorar o ambiente de negócios no âmbito agrário.

Florinda Fondo, uma empresária especializada na produção de sementes com base em Mocuba, assumiu o compromisso de aumentar a produção e enfatizou a importância de fortalecer a conectividade agrária entre produtores de sementes, comerciantes e agricultores. Destacou ainda que a produção local torna-se mais acessível financeiramente, considerando especialmente os elevados custos logísticos associados à importação.

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