Domingo, Maio 5, 2024
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Cahora Bassa aumenta a produção de electricidade no primeiro semestre

A produção de electricidade em Moçambique aumentou 2 por cento no primeiro semestre do ano, face ao mesmo período de 2022, influenciada pela produção da Hidroeléctrica de Cahora Bassa (HCB), segundo dados do Ministério da Economia e Finanças a que a Lusa teve acesso na Terça-feira.

De acordo com o balanço económico e social da execução do Orçamento do Estado de janeiro a junho, a produção de eletricidade a partir de barragens representou 83,8% do total nesse período, um aumento homólogo de 1,4%, garantido essencialmente pela HCB, que foi responsável por 81%.

“A produção, em Cahora Bassa, aumentou 0,6% face ao período homólogo de 2022, embora as projecções apontassem para uma redução da produção de energia eléctrica nos meses de abril e maio, devido à necessidade de intervenção programada no canal de restituição e à modernização dos equipamentos para maximização da capacidade instalada”, refere o relatório.

Acrescentou que os aproveitamentos hidroeléctricos da Eletricidade de Moçambique (EDM) cresceram 32,5% no primeiro semestre do ano, face ao período homólogo de 2022, “influenciados pelo aumento substancial da produção na central hidroelétrica da Corumana”, devido à “reabilitação da barragem de Moamba-Maior, que aumentou a disponibilidade de água para a barragem, aumentando a geração de energia eléctrica”.

Fontes térmicas de energia 

Com um peso total de 15,9%, a produção de eletricidade a partir de fontes térmicas aumentou 5,4%, e a produção solar aumentou 10,3%, mas com um peso de apenas 0,3% na estrutura total.

O segundo maior produtor de eletricidade em Moçambique no primeiro trimestre foi a Central Térmica de Ressano Gárcia, uma joint-venture entre a Azura Power e a EDM, que opera uma unidade a gás natural com uma capacidade instalada de 175 MegaWatts e que garantiu 5,7% de toda a produção de eletricidade no país de janeiro a junho.

A Hidroeléctrica de Cahora Bassa, considerada um dos maiores produtores independentes de energia da África Austral, admitiu em agosto que estava a “reativar” o projeto da nova central a norte, dada a crescente procura de electricidade na região.

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