Terça-feira, Maio 21, 2024
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Combustível de Moçambique chegará a Malawi através de um oleoduto

O país importa 50 por cento do seu combustível do porto da Beira e 20 por cento de Nacala e os restantes 30 por cento do porto de Dar-es-Salam, sendo que o oleoduto também poderá aliviar os custos de importação.

Malawi gasta cerca de 600 milhões de dólares por ano apenas na importação de combustível, à medida que o consumo de diesel e gasolina continua a aumentar rapidamente.

Os números do regulador da indústria energética, a Autoridade Reguladora de Energia do Malawi, mostram que, em média, os malawianos consomem cerca de 50 milhões de litros de combustível por mês, o equivalente a 600 milhões de litros por ano.

Por dia, os malawianos consomem cerca de 845 mil litros de gasolina e 834 mil litros de gasóleo. E para aguentar esta demanda de combustível, o país necessita de 600 milhões de dólares por ano.

O presidente do conselho da administração da autoridade reguladora de energia, Henry Kachaje, atribuiu o aumento do custo de importação de combustível à elevada procura de combustível no mercado nos últimos anos.

Kachaje garantiu a sustentabilidade na importação de combustíveis com base no financiamento de 50 milhões de dólares do Banco Árabe para Desenvolvimento em África (BADEA) para reabastecer as reservas de combustível do país para aliviar os desafios recorrentes no fornecimento de combustível.

Malawi tem enfrentado escassez recorrente de combustível desde Agosto do ano passado, em grande parte porque o país não tem divisas suficientes. O Banco Central do Malawi afirmou em Junho que as reservas cambiais do governo não eram suficientes para durar um mês.

″O país precisava de uma média de cerca de 300 milhões de dólares em produtos petrolíferos, mas quando os preços dos produtos petrolíferos no mercado subiram, o valor duplicou para quase 600 milhões de dólares″.

Kachaje disse que o regulador de energia está a trabalhar com fornecedores de combustível para minimizar a escassez. “Uma das formas é envolver fornecedores que estejam dispostos a fornecer produtos ao Malawi em Kwacha (moeda local)”, disse Kachage.

 

 

 

 

 

 

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