Destaques
- Presidente da República aponta modernização da HCB como passo crucial para consolidar Moçambique como hub energético;
- Projectos como Mphanda Nkuwa, Boroma e a Central Norte de Cahora Bassa reforçam aposta em infraestruturas estruturantes;
- Diversificação energética é prioridade com aposta em fontes solar, eólica, térmica e biomassa;
- Conferência contou com painéis sobre integração regional e impactos das mudanças climáticas nas barragens;
- HCB entregou ao Estado mais de 115 mil milhões de meticais desde 2007, sendo o maior contribuinte nacional em 2024
A Hidroeléctrica de Cahora Bassa (HCB) celebrou meio século de operação com uma conferência internacional em Maputo que mobilizou representantes de alto nível dos governos da região, das principais empresas eléctricas da África Austral e especialistas em energia e clima. Mais do que uma celebração, o evento marcou uma inflexão estratégica para a modernização do sector energético e a reafirmação de Moçambique como centro nevrálgico da segurança energética regional.
Um marco com olhos postos no futuro
No seu discurso de abertura, o Presidente da República, Daniel Chapo, exaltou a importância da HCB como empresa “estratégica e estruturante” e destacou a pertinência dos temas da conferência: o papel das centrais hidroeléctricas no desenvolvimento das economias e os desafios impostos pelas mudanças climáticas.
“Ao realizar esta conferência, a HCB revela a sua preocupação incessante com a partilha de experiências e com a gestão atenta às mudanças climáticas que desafiam as centrais hídricas”, afirmou o Chefe de Estado.
O Presidente alertou que, embora a produção da HCB se mantenha nos 2.075 MW desde 1975, os desafios actuais exigem investimentos urgentes na reabilitação e modernização dos equipamentos. Defendeu ainda a expansão da capacidade instalada como base para que Moçambique se afirme como hub energético da África Austral, integrando mais activamente o Southern Africa Power Pool (SAPP).