Durante a 28.ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP28), realizada no Dubai, o Presidente da República de Moçambique, Filipe Nyusi, destacou a ousada estratégia de transição energética (ETS), avaliada em 80 mil milhões de dólares, como um marco que posicionará o país na vanguarda da inovação climática. Nyusi afirmou que essa iniciativa também consolidará Moçambique como um destino de investimento atractivo e sustentável.
Enfrentando o dilema entre as ambições de desenvolvimento económico e os desafios no acesso à energia, o presidente explicou a necessidade da ETS diante da realidade de um país em desenvolvimento com níveis de acesso à energia abaixo de 53%, mas dotado de vastas reservas de gás natural. A estratégia, segundo Nyusi, desempenhará um papel crucial na transição energética e contribuirá para a descarbonização regional.
Os quatro pilares fundamentais da ETS foram delineados pelo estadista durante seu discurso na COP28. Estes incluem uma expansão significativa da capacidade de energia renovável, a promoção da industrialização verde, o estímulo ao acesso universal à energia e a descarbonização dos transportes mediante biocombustíveis.
“O ambicioso ETS estabelece um caminho claro para aproveitar esses activos e permitir o crescimento sustentável nacionalmente, apoiando simultaneamente a redução de emissões local e mundialmente”, enfatizou o presidente Nyusi.
O Ministério moçambicano dos Recursos Minerais e Energia (MIREME) anunciou, em 27 de Novembro, um investimento massivo de 80 mil milhões de dólares destinados à implementação da Estratégia de Transição Energética até 2050. Este compromisso foi ratificado pelo Presidente Nyusi durante a COP27 em 2022, no Egipto.
Para o período de 2024 a 2030, o governo moçambicano planeia adicionar 3,5 GigaWatts de nova capacidade hidroeléctrica, por meio da modernização das centrais existentes e da conclusão do projecto hidroeléctrico Mphanda Nkuwa.
Assista ao vídeo revelador da COP28, no qual a Estratégia de Transição Energética de Moçambique, programada até 2050, foi apresentada.