Empresários da Comunidade dos países de língua portuguesa (CPLP) defendem a criação de um banco ou fundo de desenvolvimento na organização, com vista a apoiar o surgimento de novos negócios, viabilizando financiamento para a execução dos projectos do bloco.
A ideia foi partilhada ontem, em Malambo, na Guiné Equatorial, pelo presidente da Confederação Empresarial da CPLP, Salimo Abdula, na abertura da primeira Cimeira de Negócios deste fórum, que decorre até amanhã, que instou os governos dos países-membros a aceleraram o processo da criação do Banco de Desenvolvimento da Comunidade.
Segundo Abdula, a efectivação desta ideia será uma mais valia para o desenvolvimento dos países da comunidade pois facilitará o acesso ao financiamento.
“Este banco será uma ferramenta que passará a apoiar projectos bons de pequeno, médio ou grande porte, ultrapassando, assim, a dificuldade de acesso ao financiamento que muitas vezes tem um elevado custo nos países da comunidade, inviabilizando os referidos projectos”, argumentou Salimo Abdula, presidente da Confederação Empresarial da CPLP.
Apesar de unidos por uma mesma língua e interesses económicos, pode haver conflito entre os estados-membros, daí que Salimo Abdula propõe a criação de um tribunal de arbitragem.
“Este tribunal, traria mais eficácia para dirimirmos litígios entre empresários da comunidade. Neste momento, este projecto se encontra em uma fase muito avançada. Foi constituída uma missão que está a trabalha afincadamente no tema e já produziu várias propostas de documentos e elaborou um questionário com perguntas que visam definir um modelo ideal para a construção do referido tribunal arbitral”, revelou Salimo Abdula.
Porque a abertura da cimeira coincidiu com o dia mundial da língua portuguesa, o secretário-executivo da CPLP disse que o português, factor de união entre os países do bloco, deve servir de ferramenta para ao desenvolvimento da comunidade.
“A língua portuguesa esteve na criação e é matriz identitária da CPLP, permanecendo, até hoje, como um pilar fundamental e um elemento congregador, de todos os países e povos que a partilham. A língua, a cultura, a história e uma vivência comum continuam a unir-nos e a possibilitar que juntos projectemos um futuro cada vez melhor para os nossos povos com mais mobilidade, por oportunidades, mais cooperação, desenvolvimento e laços de amizade mais fortes”, indicou Francisco Ribeiro Telles, secretário-executivo da CPLP.
A primeira cimeira de negócios da Confederação Empresarial da CPLP decorre sob o lema: Juntos somos mais fortes e fazemos o mundo avançar.