O Governo de Moçambique decidiu prolongar por mais oito anos o contrato de concessão para a pesquisa de petróleo na Área Offshore Angoche A6-C. Este projecto é conduzido pela petrolífera italiana Eni, que actua como operadora, em parceria com a Empresa Nacional de Hidrocarbonetos (ENH).
Segundo um documento divulgado pelo Conselho de Ministros e obtido pela agência Lusa, caso a pesquisa resulte em uma descoberta comercial, a concessão poderá ser estendida por mais 30 anos para a fase de desenvolvimento e produção.
“A área destinada para a pesquisa e produção de petróleo abrange 5,6 mil metros quadrados, localizados ao largo das províncias de Nampula e Zambézia”, destacou o Executivo.
A Eni submeteu uma proposta em 2022 para explorar esta área específica no sexto concurso de concessão de áreas para pesquisa e produção de hidrocarbonetos. A empresa italiana possui 60% de participação no projecto, enquanto a ENH detém os 40% restantes.
Moçambique já possui três projectos de desenvolvimento aprovados para a exploração das reservas de gás natural na bacia do Rovuma, uma das maiores do mundo, todas situadas na costa da província de Cabo Delgado. Dois desses projectos, liderados pela TotalEnergies e pelo consórcio ExxonMobil/Eni, estão focados em canalizar o gás para instalações em terra, onde será processado e exportado em estado líquido.
A terceira iniciativa, também conduzida pelo consórcio da Área 4, envolve uma plataforma flutuante de processamento de gás no mar e já está em operação desde Novembro de 2022.