Ele falava em Maputo na abertura da reunião da Assembleia Geral da Associação Africana de Fundos de Manutenção de Estradas (ARMFA), evento que reuniu representantes de 35 Fundos Rodoviários nacionais.

A ausência de boas estradas deixa o continente numa situação de “desenvolvimento atrofiado”, disse Nyusi. A falta de rede rodoviária isola as pessoas dos corredores de transporte, das ligações aos centros comerciais, do acesso à educação e saúde, bem como das oportunidades de crescimento.

“Esta situação decorre da precária manutenção das estradas existentes, devido à escassez de dinheiro para o efeito”, disse o Presidente.

Numa altura em que o continente caminha para a integração económica, através da criação de uma zona de comércio livre, Nyusi considerou o transporte rodoviário como um sector que deverá facilitar essa integração. Ele acreditava que o comércio deveria ser baseado em redes rodoviárias robustas e bem mantidas.

Nyusi disse que a rede de estradas classificadas em Moçambique tem mais de 30 mil quilómetros, mas apenas 27 por cento desta rede é pavimentada. 69 por cento das estradas estão em condições “razoáveis”, mas os restantes 31 por cento das estradas estão “ruins, muito ruins ou intransitáveis”.

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Nyusi sublinhou que quem usa as estradas deve pagar por elas. As duas principais formas de pagamento eram os pedágios e o aumento dos impostos sobre o combustível, nenhum dos quais é popular entre os motoristas.

O Presidente disse que os impostos moçambicanos sobre os combustíveis representam 56 milhões de dólares por ano para a manutenção das estradas, enquanto as portagens chegam a 12 milhões de dólares. Isso não é o bastante.

Nyusi destacou que os impostos sobre os combustíveis não foram aumentados recentemente – num período de inflação elevada, “isso compromete a capacidade do Fundo Nacional de Estradas para manter a rede rodoviária”.

De fato, em vez de aumentar os impostos, o governo efetivamente os reduziu. O governo costumava retirar 12 meticais (cerca de 19 cêntimos americanos) de cada litro de gasolina ou gasóleo vendido. Mas Nyusi admitiu que, em vez de aumentar os preços dos combustíveis, o governo reduziu a carga fiscal para apenas quatro meticais por litro de combustível.

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