A ExxonMobil pretende anunciar a Decisão Final de Investimento (DFI) para o projecto de gás natural em Moçambique, conforme afirmou o vice-presidente da empresa para as Relações Exteriores, Walter Kansteiner. Esta análise inclui considerações sobre a situação de segurança em Cabo Delgado, onde o projecto está localizado.
Kansteiner fez estas declarações após uma reunião em Washington, nos Estados Unidos da América, com o Presidente de Moçambique, Filipe Nyusi, durante a Conferência Internacional sobre a floresta do Miombo. Esta conferência visa promover a defesa de uma floresta que abrange dois milhões de quilómetros quadrados e 11 países da África Austral, da qual dependem 300 milhões de pessoas.
A iniciativa, segundo Kansteiner, deixa a ExxonMobil entusiasmada, pelo impacto positivo que terá na preservação das grandes florestas de África. Ele destacou a importância deste esforço para o planeta e expressou satisfação pela presença do Presidente Nyusi no evento.
A nível global, a ExxonMobil planeia duplicar, até 2030, o seu portefólio de gás natural liquefeito (GNL), com uma produção actual de 24 milhões de toneladas anuais. Em Moçambique, o projecto da ExxonMobil em Cabo Delgado previa uma produção de 15,2 milhões de toneladas por ano, mas actualmente antevê-se uma produção anual de 18 milhões de toneladas.
Moçambique possui três projectos de desenvolvimento de gás natural na bacia do Rovuma, todos localizados ao largo da costa de Cabo Delgado. Estes projectos são liderados por empresas como a TotalEnergies e a ExxonMobil e visam exportar gás natural liquefeito para o mercado internacional.