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ExxonMobil vai retomar projectos até 2026

O presidente da petrolífera americana ExxonMobil em Moçambique, Liam Mallon, anunciou que a empresa vai retomar os seus projectos na província nortenha de Cabo Delgado até ao final de 2026.

Em maio, a empresa tinha anunciado que as decisões sobre o reinício dos projectos seriam tomadas até ao final de 2025.

De acordo com Mallon, que falava aos jornalistas, na quarta-feira, em Maputo, minutos depois de uma audiência que lhe foi concedida pelo Presidente moçambicano, Filipe Nyusi, “neste momento, chegámos a uma fase daquilo a que chamamos Front End Engineering and Design. Portanto, é o processo de engenharia e design para este projeto”.

A ExxonMobil está a liderar a construção e operação de todas as futuras instalações de liquefação de gás natural e instalações relacionadas para o bloco de águas profundas da Área 4 ao largo da costa de Cabo Delgado, operado pela Mozambique Rovuma Venture (MRV), uma joint venture detida pela ExxonMobil, a empresa de energia italiana ENI e a CNPC da China.

O projecto sofreu vários adiamentos devido à violência extrema exercida pelos terroristas islâmicos em partes de Cabo Delgado.

“Estamos muito entusiasmados com este projecto”, afirmou Mallon. “Obviamente, ao longo do caminho, houve alguns obstáculos e coisas que tivemos de parar e começar de novo. Mas estamos satisfeitos por estarmos no ponto em que estamos prontos para recomeçar e estamos apenas à espera de algumas aprovações finais”.

Disse também que se trata de um projeto de vários milhares de milhões de dólares que irá gerar muito dinheiro ao longo de várias décadas, pelo que há muitos aspectos a ter em conta.

“Precisamos de tratar de questões de desenvolvimento económico para aquela província e, portanto, de segurança, estabilidade, desenvolvimento económico, para as receitas que vão surgir. O projecto de gás natural na Bacia do Rovuma é um dos maiores investimentos em Gás Natural Liquefeito (GNL) no mundo”, disse.

O projeto, acrescentou, inclui uma grande fábrica de GNL em terra, que produzirá 18 a 19 milhões de toneladas de GNL por ano, grandes poços de perfuração submarinos para abastecer a fábrica e duas grandes plataformas flutuantes de exportação de GNL ao largo da costa de Cabo Delgado.

“Garanto-vos que este vai ser o projeto com menor emissão de gases com efeito de estufa do mundo. É muito importante saber isso”, afirmou.

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