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FMI Aprova Primeira Revisão do Programa Financeiro de Moçambique Avaliado em 60 M$

O Fundo Monetário Internacional (FMI) anunciou hoje, 22 de Novembro, a aprovação da primeira revisão do programa de ajustamento financeiro de Moçambique, que permitirá o desembolso de quase 60 milhões de dólares, considerando que as metas foram cumpridas.

“Os critérios de desempenho do programa, metas indicativas e valores de referência estruturais, no final de Junho de 2022, foram cumpridos. A perspectiva de política monetária e o aperto proactivo desde o início de 2021 são apropriados para lidar com a previsível subida da inflação”, escreve o FMI na nota que dá conta da aprovação, pelo conselho de administração, da primeira revisão da Linha de Crédito Ampliada (ECF, na sigla em inglês).

Esta aprovação da primeira revisão ao programa de três anos, aprovado em Maio deste ano, representa um desembolso imediato de 59,2 milhões de dólares do total dos 456 milhões de dólares incluídos no programa de ajustamento financeiro, do qual Moçambique já recebeu cerca de 150 milhões de dólares.

“O crescimento deverá aumentar em 2022, com o fortalecimento da recuperação económica (apesar do ambiente económico internacional em degradação e do aumento dos preços das matérias-primas), que reflectem uma campanha de vacinação robusta e o levantamento total das restrições contra o covid-19 em Julho de 2022”, aponta-se ainda no comunicado.

Entre os principais riscos ao cumprimento dos objectivos do programa, o FMI salienta a subida dos preços, que já levou a inflação para dois dígitos, a agitação social, a actividade terrorista no Norte do País e os desastres naturais. Estes riscos são, ainda assim, compensados com o fortalecimento da recuperação económica, com as fortes perspectivas de procura de gás natural liquefeito e com a possibilidade de um crescimento acima do esperado nos outros sectores da economia a médio prazo.

“O desempenho do programa tem sido forte, com todas as metas quantitativas e os valores de referência estruturais a serem cumpridos até Junho de 2022”, escreveu o director adjunto do FMI, Bo Li, citado no comunicado.

“Apesar de a perspectiva de evolução continuar positiva, alimentada pelos grandes projectos de exploração de gás natural, continua a haver riscos significativos, incluindo os eventos climáticos adversos e a frágil situação de segurança. A fraqueza da governação e as vulnerabilidades da dívida também colocam desafios”, acrescentou o dirigente, vincando que “neste contexto, o desenvolvimento contínuo da capacitação e o apoio dos doadores continuam a ser imperativos para Moçambique alcançar os objectivos de desenvolvimento.”

Na nota, o FMI dá ainda conta da necessidade de fazer “esforços adicionais para mitigar a volatilidade da receita, continuar o fortalecimento da gestão do investimento público e a integração das receitas dos recursos naturais no enquadramento mais geral do orçamento”.

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