Sábado, Maio 4, 2024
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Gemfields pagou 35% de suas receitas ao Estado

Em Julho de 2021, a Gemfields, principal accionista da Montepuez Ruby Mining em Moçambique e da Kagem na Zâmbia, anunciou o “Factor G para os Recursos Naturais”, uma medida destinada a promover maior transparência sobre a riqueza dos recursos naturais compartilhada com os governos.

Segundo um artigo do portal de notícias Mining Weekly publicado nesta Quarta-feira, 24 de Abril, a mineradora divulgou os números actualizados da medida para o ano de 2023, convidando empresas extractivas, observadores da indústria e governos a adoptarem o “Factor G para os Recursos Naturais” para melhorar a transparência e responsabilidade das companhias.

Relatando os cálculos da medida sobre suas duas principais subsidiárias mineiras, a Gemfields observa que ela fornece um indicador simples da percentagem das receitas que são pagas aos governos em impostos primários e direitos. “Este é também um indicador da eficiência das empresas de recursos naturais na conversão dos mesmos em fundos para os governos dos países onde operam”, afirmou o comunicado da mineradora.

De acordo com o portal, a mina de Montepuez contribuiu com 35% de suas receitas para os cofres do Estado em 2023, enquanto a mina de Kagem pagou 31%. No mesmo período, a Gemfields lucrou 151,3 milhões de dólares (9,5 mil milhões de meticais), e a Zâmbia arrecadou 92,7 milhões de dólares (5,8 mil milhões de meticais).

“O ‘Factor G para os Recursos Naturais’ fornece uma pontuação escolar simples que permite aos observadores avaliar a eficiência das empresas extractivas na conversão dos recursos naturais em riqueza para as nações onde operam”, explicou Sean Gilbertson, CEO da Gemfields. “No sentido de nos alinharmos melhor com as práticas de outros países da nossa região, acrescentámos, este ano, os direitos e taxas de exportação como um parâmetro adicional no cálculo”.

O CEO salientou também esperar que “o ‘Factor G’ seja voluntariamente adotado por outras empresas e pelos governos e incorporado em projectos como a Iniciativa de Transparência da Indústria Extractiva (ITIE)”.

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