- Empresa Anuncia Estudos Técnicos para Responder à Crescente Procura Nacional e Regional, com Foco na Resiliência Climática;
- Estudos visam avaliar a viabilidade de expansão da capacidade instalada da Hidroeléctrica de Cahora Bassa;
- HCB responde à pressão da procura energética nos mercados da SADC;
- Clima extremo e variabilidade hidrológica aceleram necessidade de inovação;
- Empresa reitera papel estratégico para a transição energética e segurança energética regional
A Hidroeléctrica de Cahora Bassa (HCB) deu início à realização de estudos técnicos com vista à expansão da sua capacidade de produção, num movimento estratégico que visa responder ao aumento da procura de energia eléctrica em Moçambique e na região austral de África, bem como à urgência de adaptação às mudanças climáticas.
A decisão foi anunciada durante o evento comemorativo dos 50 anos da HCB, realizado em Maputo, onde o Presidente do Conselho de Administração, Tomás Matola, revelou que a empresa está a avançar com estudos de viabilidade técnica e económica para reforçar a capacidade instalada da barragem, com soluções sustentáveis e adaptadas às novas exigências do contexto climático e energético.
“Estamos a trabalhar numa visão de longo prazo para garantir que a HCB continue a desempenhar o seu papel como principal alicerce da segurança energética nacional e regional, mesmo num contexto de crescente variabilidade hidrológica”, afirmou Matola, reforçando o compromisso com a modernização e a inovação tecnológica.
Actualmente, a HCB assegura cerca de dois terços da energia gerada em Moçambique, com exportações significativas para a África do Sul, através da Eskom, e para outros países vizinhos. No entanto, o crescimento da procura interna, associado à industrialização e à electrificação rural, exige reforços estruturais para garantir a estabilidade do fornecimento.
Os estudos em curso avaliarão também o impacto ambiental e social de uma eventual expansão da capacidade, em linha com os princípios de sustentabilidade e com as exigências regulatórias nacionais e internacionais. Estão igualmente a ser analisadas oportunidades de parcerias estratégicas e mecanismos de financiamento climático para viabilizar as obras.
Paralelamente, a HCB tem estado a modernizar os seus sistemas de controlo e gestão operativa, com investimentos em digitalização, manutenção preventiva e adaptação a eventos climáticos extremos, como cheias e secas prolongadas que, nos últimos anos, têm afectado os níveis de caudal do Zambeze.
Analistas apontam que esta nova fase da HCB poderá consolidar a posição de Moçambique como um dos principais hubs de energia limpa da África Austral, contribuindo de forma decisiva para a integração energética regional e para o cumprimento das metas de descarbonização.